Bolsonaro

Aliança de Bolsonaro com Orbán ganhou força nos últimos anos

Um dos ícones da extrema direita mundial, premier húngaro se tornou amigo de Bolsonaro

Bolsonaro e Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria Bolsonaro e Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria  - Foto: Reprodução

A escolha da embaixada da Hungria como possível refúgio para o ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme revelou o jornal americano "The New York Times", tem como justificativa as relações pessoais com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Bolsonaro e Orbán se tornaram amigos ao logo dos últimos anos, movidos pelas afinidades políticas voltadas à difusão da extrema direita no mundo.

O premier da Hungria foi um dos únicos chefes de Estado a comparecer na posse de Bolsonaro, em janeiro de 2019. Um dos ícones da ultra direita e responsável pela guinada autoritária no país europeu desde que assumiu o poder, em 2010, Orbán se revelou um aliado de primeira hora de Bolsonaro.

No início de 2022, em Budapeste, Bolsonaro e Orbán trocaram afagos em uma cerimônia pública. Durante uma parada na Hungria, ao finalizar uma viagem ao Leste Europe, o então presidente brasileiro chamou Orbán de "irmão" e destacou a "comunhão de valores entre os dois"".

— Acredito no Orbán, que trato como irmão, dadas as afinidades que temos — disse Bolsonaro.

Na ocasião, Viktor Orbán lembrou que esteve na posse de Bolsonaro. Deixou claro que torcia para sua reeleição.

— Espero poder visitá-lo novamente em breve para este mesmo tipo de ocasião — afirmou.

O último encontro entre os dois foi em Buenos Aires, para a posse do economista Javier Milei, também da ultra direita, na presidência da Argentina. Além de Bolsonaro e Orbán, participaram da reunião o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Também estiveram na reunião o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-S), Daniel de Freitas (PL-SC), Altineu Cortes (PL-RJ) e Bia Kicis (PL-DF), e o advogado Fabio Wajngarten.

Um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal em 8 de fevereiro, Bolsonaro só contou com Orbán na época. O premier húngaro saiu em defesa do ex-presidente brasileiro em uma rede social e o incentivou a "continuar lutando".

"Um patriota honesto. Continue lutando, senhor presidente", escreveu Orban.

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