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Polícia Federal

Alvo de investigação da PF, Juscelino Filho diz estar sofrendo 'duros ataques'

Ministro comentou decisão de Luís Roberto Barroso, do STF, que restituiu ao cargo da sua irmã, Luanna Rezende, prefeita da cidade de Vitorino Freire, no Maranhão

Luanna Rezende e Juscelino Filho Luanna Rezende e Juscelino Filho  - Foto: Reprodução

Alvo de investigação da Polícia Federal, o ministro das Comunicações Juscelino Filho afirmou, em nota, estar sofrendo "duros ataques" nos últimos meses. O ministro afirma que tentam responsabilizá-lo "por atos de terceiros" ao comentar apuração da PF sobre suspeitas de desvio de dinheiro público envolvendo uma emenda parlamentar de quando Filho era deputado federal.

Em julho deste ano, o governador afirmou ter sofrido homofobia por parte de Wyllys após os dois terem discutido na rede social "X" (antigo Twitter), e acionou o Ministério Público. Na ocasião, após o gaúcho ter decidido manter as escolas cívico-militares, na contramão do governo federal, Wyllys disse que Leite sofria de "homofobia internalizada", em referência a sua orientação sexual.

No documento assinado pela promotora de Justiça Claudia Lenz Rosa, o Ministério Público afirma que, com esta atitude, o petista injuriou o governador “ofendendo-lhe a dignidade e o decoro, em razão de sua orientação sexual”.

"Na ocasião, sob o pretexto de criticar um anúncio feito pela vítima, na condição de Governador do Estado do Rio Grande do Sul, de que iria manter o modelo estadual de escolas cívico-militares, o denunciado usou a mencionada rede social para fazer uma postagem ofensiva à orientação sexual da vítima (...) Ao dirigir sua crítica a atributos pessoais da vítima, relacionados à sua orientação sexual, quando poderia limitar-se a crítica do fato, objeto da inconformidade, o denunciado extrapolou a liberdade de expressão e atingiu deliberadamente e com animus injuriandi (intenção de injuriar), a honra subjetiva da vítima” , diz a promotora.

Neste contexto, o Ministério Público pede reparação dos danos causados a Leite e requer a fixação do valor mínimo. O montante a ser pago seria implementado durante o processo, caso a denúncia seja aceita pela Justiça.

Em julho deste ano, Wyllys escreveu nas redes sociais:
— Que governadores héteros de direita e extrema direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então.

Na ocasião, Leite rebateu:
— Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções… e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. @jeanwyllys_real, eu lamento a sua ignorância.

Ao acionar o MP, o governador afirmou que tomou a atitude de representar em outras ocasiões em que sofreu "ataques homofóbicos" e citou os casos que ocorreram com o ex-deputado Roberto Jefferson e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

— Jean Wyllys dispara também ataques a uma decisão que eu tomei como Governador. Ele pode não concordar, ter outra visão, mas tenta associar essa decisão a minha orientação sexual e até a preferências sexuais. Por isso, entrei com uma representação contra ele, por um ato de preconceito, de discriminação, de homofobia — afirmou o governador.

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