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Alvo do Supremo, Telegram é vetado para funcionários no Governo Federal

GSI alega 'risco à segurança' para impedir que servidores utilizem a ferramenta

Telegram, rede socialTelegram, rede social - Foto: Pixabay

Antes mesmo de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o bloqueio do Telegram, na última quinta-feira, o governo já havia vetado o uso do aplicativo de mensagens entre funcionários para tratar de trabalho.

A determinação, segundo documentos obtidos pelo Globo, partiu do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, que tem sob seu guarda-chuva a Agência Brasileira de inteligência (Abin).  A alegação: “risco à segurança”.

A vedação do GSI para os funcionários trocarem mensagens via Telegram, no entanto, não se se estendeu a contas institucionais. Desde que passou a ter conteúdos considerados fake news excluídos de plataformas como YouTube e Twitter, no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro passou a divulgar com mais frequência seu canal no aplicativo de origem russa. Ministérios e outros órgãos do governo também passaram a usar a ferramenta como um canal de serviços.

No caso da orientação aos funcionários, o Globo teve acesso a despachos, pareceres e termos de compromisso redigidos de outubro do ano passado a janeiro 2022 em quais o GSI alega que o Telegram é vedado no serviço público federal, dentre outros motivos, “por oferecer riscos potenciais de segurança da informação”.

A vedação ao aplicativo, segundo os documentos, é válida desde 2019, quando hackers aproveitaram uma falha de segurança do Telegram para ter acesso a conversas privada de integrantes da Lava-Jato. Na ocasião, mensagens de procuradores, como as do ex-coordenador da força-tarefa da operação em Curitiba, Deltan Dallagnol, e do ex-juiz Sergio Moro, foram divulgadas pelo site "The Intercept Brasil". O caso ficou conhecido como "Vaza-Jato".

 

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