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Ex-ministro da Justiça

Anderson Torres está "em bom estado geral", diz laudo entregue ao STF

Psiquiatra afirma que ex-ministro da Justiça está sendo mantido em condições adequadas; defesa alegou pior no quadro psíquico

Ex-ministro da Justiça Anderson TorresEx-ministro da Justiça Anderson Torres - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Em laudo encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Gerência de Serviços de Atenção Primária Prisional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres está em "bom estado geral, consciente, atento e colaborativo".

"Seu pensamento está agregado e organizado, com fluidez aparentemente normal, sem evidências de alteração da sensopercepção. Seu humor encontra-se hipotímico e ansioso, com labilidade emocional constante, principalmente ao falar da família", diz o texto.

"Refere crises de ansiedade diárias, mas nega desejo de morte e ideação suicida. As medicações foram ajustadas com a intenção de melhor controle do humor e das crises de ansiedade", prossegue o documento entregue à Corte, datado do último dia 30 de abril.

O laudo é assinado por um psiquiatra e informa que as instalações onde Torres está preso desde o dia 12 de janeiro, um batalhão da Polícia Militar do DF, são "adequadas" ao estado de saúde dele.

Em despacho também desta terça-feira, Moraes determinou que a defesa de Torres se manifeste em até 24 horas sobre o que o resultado do laudo é a eventual necessidade de transferência para um hospital penitenciário.

Na semana passada, em um novo pedido de habeas corpus ao Supremo, a defesa de Torres afirmou que seu quadro psíquico teve uma piora e cita o risco de ele cometer suicídio.

O documento afirma que a psiquiatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal proferiu um atestado na sexta-feira passada, no qual alega a impossibilidade de o paciente “comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante uma semana”.

Torres está preso desde que voltou dos Estados Unidos, após os atos golpistas de 8 de janeiro. Na época dos atentados contra a sede dos três poderes, ele era responsável pela Segurança Pública do Distrito Federal e estava em viagem com a família nos Estados Unidos.

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