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André Porciuncula assume Secretaria de Cultura a menos de um mês do fim do governo Bolsonaro

Ex-capitão da Polícia Militar é nomeado para o cargo após exoneração de Hélio Ferraz, cotado para a Cultura em novo governo de São Paulo

André Porciuncula e Jair BolsonaroAndré Porciuncula e Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução / Twitter

O ex-capitão da Polícia Militar na Bahia André Porciuncula foi nomeado para assumir a Secretaria Especial de Cultura, a menos de um mês do fim do governo Bolsonaro, conforme publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (7). Ex-braço direito de Mario Frias, ele atuava, desde outubro, como secretário adjunto de Hélio Ferraz, que foi exonerado do cargo — Ferraz está cotado para assumir a pasta da Cultura no governo de Tarcísio Freitas (Republicanos) em São Paulo.

Porciuncula já havia sido secretário de Fomento e Incentivo, setor responsável pela Lei Rouanet, mas deixou o cargo para disputar uma vaga de deputado federal pelo PL da Bahia. Terminou como suplente, após derrota nas urnas. De Mario Frias, ele recebeu o apelido de "Capitão Cultura", conferindo uma nova "patente" a um cargo considerado técnico. Alcunha que ele ironiza e exalta.

À época em que esteve na pasta como secretário de Fomento e Incentivo, Porciuncula não se furtou a opinar favoravelmente sobre assuntos caros ao presidente da República (de voto impresso ao regime político cubano) — prática que projetou a cultura como núcleo duro da ideologia governista —, cultuou o "belo" como característica fundamental do que define como "arte verdadeira" e teve como principal bandeira o fim da "mamata da Lei Rouanet".

Hélio Ferraz
Em março deste ano, após Mario Frias deixar a Secretaria Especial de Cultura para formalizar sua candidatura a deputado federal em PL, em São Paulo, o governo Bolsonarou nomeou Hélio Ferraz de Oliveira para o cargo.

Ferraz é um velho amigo de Mario Frias e atuou, em 2019, como coprodutor do programa "A melhor viagem", game show que o ator apresentou na RedeTV! de 2019 a 2020. Quando assumiu o cargo no governo Bolsonaro, após a exoneração de Regina Duarte, Frias convidou o amigo para ser o seu secretário-adjunto no órgão — ou o seu "número 2", como já afirmou. A remuneração básica de Ferraz de Oliveira, nesse período, era de R$ 16.944,90, como consta no Portal da Transparência.

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