Anestesia geral e biópsia intraoperatória: como foi a cirurgia de Lula
A recuperação de Lula consiste em poupar a voz ao longo dos próximos dias
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se submeteu neste último domingo (20) no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, a uma cirurgia para a retirada de uma leocoplasia (lesão) nas cordas vocais. O procedimento durou 40 minutos e foi supervisionado por dois cirurgiões.
Lula recebeu anestesia geral para que as cordas vocais ficassem totalmente paradas durante a operação. A lesão, de 5 milímetros e superficial, foi extraída com “Laser CO 2”. O aparelho retira o tumor com raio laser de forma precisa, preservando as estruturas ao redor.
Leia também
• PEC da Transição e aliados pressionam Lula a antecipar nomeação de ministros
• Apoio a Lula ou Bolsonaro contra orientação do partido gera ao menos 59 processos de expulsão
• O almoço com o Presidente Lula
Durante a operação, os médicos fizeram uma biópsia para detectar a malignidade. O resultado saiu em poucos minutos.
— Tratava-se de uma lesão potencialmente cancerígena, que se fosse deixada poderia ao longo dos anos se transformar em câncer, diz o cirurgião de cabeça e pescoço Luiz Paulo Kowalski, da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo, que acompanhou o procedimento.
A recuperação de Lula consiste em poupar a voz ao longo dos próximos dias.
Em 2011, Lula foi diagnosticado com câncer na laringe. Com 2 centímetros, ele ficava localizado na parte superior da glote, perto das cordas vocais. Desta vez o local acometido pela lesão encostava nas cordas vocais. A voz de Lula não será afetada com a operaçao.