Antes mesmo de assumir ministério, Ricardo Lewandowski desperta interesse em comissão na Câmara
Sanderson (PL-RS) quer que futuro ministro diga quais mecanismos usará no combate ao crime organizado
Com a posse marcada para o início de fevereiro, o escolhido para comandar o Ministério da Justiça, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandoswki, deve ser convidado para ir na Câmara dos Deputados no mesmo mês que inicia seu trabalho no governo federal. Por se tratar de um convite, a presença não seria obrigatória.
Antes mesmo de assumir a pasta, Lewandowski desperta curiosidade entre deputados da oposição que integram a Comissão de Segurança Pública. A iniciativa que deve ser protocolada por Sanderson (PL-RS) visa questionar o ministro sobre quais estratégias serão aplicadas no ministério para combater o crime organizado. O encontro deve ocorrer na volta das atividades legislativas na Câmara dos Deputados.
Leia também
• Beach Park, no Ceará, anuncia programação de Carnaval com atividades para a família
• Míssil atinge navio cargueiro americano na costa do Iêmen
• Guarda Costeira equatoriana combate traficantes em Guayaquil
Tido como mais moderado e articulador, o iminente ministro é visto com bons olhos pela oposição que espera ter mais diálogo e receptividade em comparação com Flávio Dino. Apenas no ano passado, Dino foi alvo de ao menos 71 requerimentos de convocação e, nas reuniões que esteve presente, protagonizou embates com parlamentares da base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A expectativa com Lewandowski é diferente. Por este motivo, deputados da bancada da bala já vem pleiteando aproximação. É o caso de Sargento Portugal (Podemos-RJ) e Sargento Gonçalves (PL-RN), que defendem um “diálogo permanente” com o ex-ministro do STF.
— Tivemos uma péssima experiência no último ano com Flávio Dino à frente do ministério. Esperamos que o novo ministro tenha um comportamento oposto ao de seu antecessor. Queremos dialogar e esperamos que sejamos ouvidos pelo novo ministro da Justiça e Segurança Pública — diz Sargento Gonçalves.