Ao anunciar novo auxílio emergencial, Bolsonaro alerta para endividamento e critica governadores
No anúncio sobre o pagamento das novas parcelas do auxílio emergencial, ao lado de ministros do governo, nesta quarta-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou sobre o impacto do auxílio nas contas públicas e manteve o discurso crítico às medidas de isolamento social adotadas por governadores.
"É mais um endividamento da União. Isso não é dinheiro que estava no cofre. Isso pesa para todos nós. É uma conta que fica para nós e para as próximas gerações também. Como sempre disse, tínhamos e temos dois inimigos: o vírus e o desemprego. É uma realidade. Não é ficando em casa que vamos solucionar esse problema. Essa política ainda está sendo adotada", criticou. Segundo o governo, o auxílio emergencial custará cerca de R$ 44 bilhões aos cofres públicos.
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Bolsonaro sugeriu, ainda, que os estados estariam "superavitários". "É público e notório que as arrecadações dos estados, somadas com a ajuda do governo, foram superavitárias. O governo sabe que não pode continuar por muito tempo com esses auxílios, que custam para toda a população e pode desequilibrar a nossa economia", destacou.
"O apelo que a gente faz aqui é que essa política de lockdown seja revista. Isso cabe, na ponta da linha, aos governadores e aos prefeitos. E só assim poderemos voltar à normalidade", pediu Bolsonaro, fazendo referência a "países da Europa" onde essas medidas restritivas estariam "saturadas".
"A população não apenas quer, precisa trabalhar. Nenhuma nação se sustenta por muito tempo com esse tipo de política e nós precisamos voltra à normalidade, buscando medidas para combater a pandemia, como temos feito com as vacinas", ressaltou.