CPI de 8 de Janeiro

Relatora da CPMI de 8 de Janeiro pede indiciamento de Bolsonaro e de militares

Texto deve ser votado nesta quarta-feira (17)

Senadora Eliziane Gama (PSD-MA)Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A última sessão da CPMI dos atos golpistas do 8 de janeiro começa no Senado na manhã desta terça-feira (17). A senadora  Eliziane Gama, (PSD-MA), relatora da CPI, apresenta o relatório final do colegiado o texto, que deve ser votado nesta quarta (17) e deve ser aprovado pela maioria do CPMI.

O relatório final da CPI de 8 de janeiro, que possui 1.333 páginas, pede o indiciamento de generais, coroneis e sargentos do Exército da reserva e da ativa, e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por quatro crimes.

O documento aponta que Bolsonaro cometeu associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, todos os delitos previstos no Código Penal.

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, a lista inclui o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-diretor da Polícia Federal Rodoviária (PRF) Silvinei Vasques, os ex-ministos Anderson Torres (Justiça), Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Luis Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), além da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

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A maior parte destes e de outros indicados para indiciamento, caso o relatório seja aprovado pela comissão, é acusada dos crimes de associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de estado.

Eliziane Gama incluiu, também, o nome de diversos outros militares, policiais rodoviários federais e integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, além de diversos suspeitos de terem financiado ou influenciado a tentativa de golpe de Estado, durante os atos do 8 de janeiro.

A relatora argumentou que o nome de Bolsonaro foi citado por pessoas próximas a ele e que os golpes modernos não usam tanques, carros ou soldados, mas por "disseminação de mentiras e propagação de ódio", especialmente em ambiente digital, usando inclusive símbolos nacionais.

Golpe
"A bandeira nacional foi usada como insígnias e símbolos nacionais uniformizaram os que se diziam patriotas", disse a relatora ao afirmar que tentativas de golpe se instrumentalizam por meio da formação de "forças paramililitares que preparam, arregimentam e armam forças milicianas", de forma a fazer com que o golpe não pareça golpe. "Por isso atacaram tanto as instituições democráticas", acrescentou.

A lista inclui, ainda, George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza – todos condenados por envolvimento na tentativa de explodir um caminhão de combustíveis nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.

Entre os 61 indicados pelo relatório estão também os integrantes do chamado gabinete do ódio - Tércio Arnaud, que foi assessor especial de Bolsonaro; Fernando Nascimento Pessoa e José Matheus Sales Gomes.

Após essa reunião, a CPMI chegará ao fim após cinco meses de trabalho.

São indiciados pela relatora no documento:

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