CPI da Covid

[Ao vivo] Luana Araújo, médica infectologista que teve nomeação cancelada no MS, depõe à CPI

A infectologista Luana Araújo presta depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira (2)A infectologista Luana Araújo presta depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira (2) - Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado

A CPI da Pandemia, no Senado federal, colhe o depoimento da médica infectologista Luana Araújo, nesta quarta-feira (2). Os senadores querem ouvir a versão de Luana sobre o cancelamento de sua nomeação para o Ministério da Saúde.

Luana disse que foi chamada pelo governo para ajudar na interlocução com estados e municípios. Para ela, ciência não tem lado. E saúde pública é mais do que médicos e hospitais: é atenção primária e parceria com a comunidade.
Omar Aziz e Tasso Jereissati afirmaram que Otto Alencar foi “técnico” nas perguntas a Nise Yamaguchi na terça. Alessandro Vieira disse que pode ter havido um “exagero de retórica”, mas reforçou que Nise mentiu à CPI.

Mesmo sem ter sido oficialmente nomeada, a médica Luana Araújo disse que atuou como consultora do ministro Marcelo Queiroga. Ela disse que não recebeu "um centavo" por esses dias de trabalho e pagou do bolso os deslocamentos.

A infectologista Luana Araújo disse que convidou os profissionais mais talentosos de sua área para trabalhar na secretaria, mas eles não aceitaram por conta da "polarização esdrúxula" e da "politização incabível" do momento.

Em resposta a Renan Calheiros, Luana negou que tenha conversado sobre "tratamento precoce" contra a covid com o ministro Marcelo Queiroga. Ela classificou essa discussão de “delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente”.

Luana disse que sofre ameaças à integridade, invasão à privacidade e falsas acusações desde o início da pandemia, como ocorre com outros infectologistas. As ameaças a fizeram abrir um site científico e educativo.

 A médica Luana Araújo informou não ter conhecimento sobre existência de gabinete paralelo dentro do governo e que o próprio ministro Marcelo Queiroga a comunicou que sua nomeação não sairia, pois não teria aval da Casa Civil.

Luana Araújo defendeu a autonomia médica no tratamento de pacientes, mas afirmou que a decisão do profissional deve ser baseada em pilares como “conhecimento científico acumulado”, “ética” e “responsabilização”.

Assista:

Veja também

STF tem 5 votos pela recusa à transfusão por testemunhas de Jeová
STF

STF tem 5 votos pela recusa à transfusão por testemunhas de Jeová

Dino determina que estados da Amazônia expliquem focos de queimadas
Queimadas

Dino determina que estados da Amazônia expliquem focos de queimadas

Newsletter