APLJ lança livro coletivo que trata das tecnologia disruptivas no campo jurídico
Organizada pelos acadêmicos Roberta Corrêa de Araújo e Fábio Túlio Barroso, a obra conta com 18 artigos de 27 juristas
A Academia Pernambucana de Letras Jurídicas (APLJ), que este ano completou 48 anos de fundação, lançou na noite de ontem, no Espaço Memória da Faculdade de Direito do Recife (FDR), o primeiro livro da entidade, a obra coletiva “Incidências das Tecnologias Disruptivas no Direito: Inovações, Efetividade Normativa e Segurança Jurídica”. Organizado pelos acadêmicos Roberta Corrêa de Araújo e Fábio Túlio Barroso, o livro conta com 18 artigos de 27 juristas.
A coletânea de artigos inéditos gira em torno das transformações e os desafios trazidos pelas tecnologias disruptivas no campo jurídico. “É uma obra densa, escrita por magistrados, promotores, advogados, todos juristas da mais alta estirpe que têm sobressaído e se destacam não só no Estado. Alguns têm renome nacional; outros, internacional”, afirmou a presidente da APLJ, Rosana Grinberg, que assina o prefácio da obra e também um dos artigos.
O livro começou a ser concebido no final da primeira gestão de Rosana à frente da APLJ e está sendo publicado agora, início da segunda. “(A obra) é de uma importância enorme, principalmente por ter estimulado os membros da academia a escreverem, que é um dos objetivos da entidade”, revelou. A presidente da APLJ disse, ainda, esperar que, com esse livro, consiga estimular outros acadêmicos que não tiveram oportunidade de participar desta vez a participarem no segundo, que ela já pensa em publicar ainda neste mandato.
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Para a juíza Roberta Corrêa, coorganizadora do livro e autora de um dos artigos, a ideia surgiu a partir da convicção de que a Academia é um espaço de profusão de ideias, de produção e de disseminação de saberes para a comunidade jurídica e a sociedade. “Temos uma Academia formada por homens e mulheres notáveis, que inspiram a todos nós, inspiram gerações e cujo conhecimento precisa ser disseminado e compartilhado com a comunidade. Isso torna essa obra tão especial, tão importante e abrangente”, complementou.
O outro organizador do livro, o advogado e professor Fábio Túlio Barroso, que é membro do Conselho Fiscal da APLJ, lembrou que os idealizadores acertaram na mão quanto à escolha do tema do livro. Para reforçar isso, ele também lembrou que a Expressão do Ano do Dicionário Oxford foi brain rot (cérebro podre), numa referência à deterioração mental pelo uso desmedido das plataformas digitais.
“Como essas tecnologias disruptivas foram capilarizando espaço na sociedade e acabam por protagonizar a vida de milhões e milhões de pessoas mundo afora”, afirmou. Para Barroso, isso não poderia ser diferente no âmbito do Direito, que sofre ou absorve as repercussões da sociedade.
“Co-coordenar uma obra como essa, além da honra e da alegria, é uma felicidade por aprender com cada artigo que tivemos a oportunidade de revisar, de trocar ideias, de conhecer o que cada pessoa que colaborou sobre esse tema das tecnologias e nossa vida, e a vida em sociedade nesse momento, nessa quadra da história”, expôs ele.