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Coreia do Sul

Apoiadores de Yoon protestam em Seul após impeachment ser confirmado

Tribunal validou destituição por lei marcial; eleições presidenciais devem ocorrer em até 60 dias

Pessoas se reuniram neste sábado (5) nas ruas de Seul, capital da Coreia do Sul, para protestar contra a destituição do presidente Yoon Suk YeolPessoas se reuniram neste sábado (5) nas ruas de Seul, capital da Coreia do Sul, para protestar contra a destituição do presidente Yoon Suk Yeol - Foto: Jung Yeon-Je / POOL / AFP

Milhares de pessoas se reuniram neste sábado (5) nas ruas de Seul, capital da Coreia do Sul, para protestar contra a destituição do presidente Yoon Suk Yeol. O Tribunal Constitucional confirmou na véspera o impeachment do mandatário por ter imposto brevemente uma lei marcial em dezembro, mergulhando o país em uma crise política.

A corte considerou que Yoon representou uma “grave ameaça” à estabilidade do país ao justificar a medida com supostas ameaças da Coreia do Norte e com a atuação de "elementos antiestatais" no Parlamento. Com a decisão, a Coreia do Sul deve realizar eleições presidenciais antecipadas em até 60 dias.

Sob chuva, apoiadores do ex-presidente entoaram palavras de ordem como “O processo de impeachment é inválido!” e “Cancelem as eleições antecipadas!”. Muitos manifestantes expressaram frustração com o cenário político. “Estou profundamente preocupado com o futuro”, disse Yang Joo-young, de 26 anos. Já Park Jong-hwan, de 59, afirmou: “Acredito sinceramente que a Coreia do Sul está acabada”.

Polarização
O impeachment mobilizou figuras religiosas extremistas e influenciadores digitais da direita, que, segundo analistas, disseminaram desinformação para fortalecer a base de apoio a Yoon. Na corrida presidencial, o líder da oposição, Lee Jae-myung, surge como favorito. Ele e seu partido têm adotado uma postura mais conciliatória em relação ao regime norte-coreano.

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