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Política

Apoio de Lula, Bolsonaro e Doria ajuda ou prejudica candidatos? Veja o que diz o Datafolha

Instituto também perguntou aos entrevistados se eles votariam em indicados por Alckmin, Ciro Gomes e Eduardo Paes

Lula em podcastLula em podcast - Foto: Reprodução/Youtube Podpah

O apoio do ex-presidente Lula é o que tem maior potencial de transferência de votos no Rio e em São Paulo, apesar do alto índice de eleitores que não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pelo ex-presidente.

Doria é o padrinho político que mais atrapalha em São Paulo: 66% dos entrevistados disseram não votar em quem o ex-governador apoiar. Com 62%, Bolsonaro vem em seguida. O presidente também é quem mais atrapalha no Rio (63%), entre as opções analisadas. Os dados são da pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira.

O levantamento aponta que 26% dos entrevistados no Rio votariam com certeza em candidato apoiado por Lula; 23%, talvez; e 48%, de nenhuma maneira. Em São Paulo, o índice de transferência de voto com certeza é 27%, talvez 24% e 46% nunca. Lula já declarou apoio ao deputado federal Marcelo Freixo, pré-candidato do PSB ao governo do Rio. Em São Paulo, o pré-candidato do PT é Fernando Haddad.
 

Bolsonaro, por sua vez, deve apoiar no Rio o governador Cláudio Castro (PL), pré-candidato à reeleição. Segundo o Datafolha, o apoio de Bolsonaro no estado levaria 16% dos eleitores a escolher o candidato. Já 19% afirmam que talvez votariam no nome apontado pelo presidente; e 63%, nunca.

O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, também é rejeitado como cabo eleitoral: 62% não apoiariam um nome apoiado pelo pedetista, enquanto 26% talvez, e apenas 6% apoiariam com certeza.

O prefeito Eduardo Paes (PSD) também não tem muita força junto ao eleitor fluminense, de acordo com a pesquisa. Entre os eleitores, 11% dos entrevistados votariam com certeza, 27%, talvez; e 57%, de jeito nenhum em candidato apoiado pelo prefeito.

Paes articula uma terceira via no estado, que fure a polarização entre Freixo e Castro, que aparecem empatados tecnicamente na corrida ao Palácio Guanabara. Ele lançou o nome do ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz (PSD) e negocia uma chapa conjunta com o PDT, que lançou o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, como pré-candidato.

A pesquisa mostra ainda que para 90% dos entrevistados é muito importante que o candidato não tenha se envolvido em caso de corrupção. Experiência administrativa também é muito importante para 84% dos eleitores ouvidos, um passado político conhecido (70%), e a escolha do vice na chapa (69%).

O Datafolha aponta que o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente Jair Bolsonaro (PL) são os políticos que mais atrapalham na corrida ao governo do estado de São Paulo. Não votariam em um candidato indicado por Doria 66% dos paulistas, enquanto 62% não apoiariam um nome apoiado pelo presidente. Votariam com certeza no candidato de Doria 8% dos entrevistados, e 18%, no de Bolsonaro.

O Datafolha também perguntou aos entrevistados se eles votariam em indicados pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin: 50% disseram de jeito nenhum; 33%, talvez; e 14%, com certeza.

A pesquisa em São Paulo foi realizada nos dias 5 e 6 de abril com 1.806 pessoas em 62 municípios. A margem de erro do levantamento, registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-03189/2022, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

No Rio, o Datafolha ouviu 1.218 eleitores em 31 municípios entre terça e quarta-feira. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo RJ-05998/2022. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança em ambas as pesquisas é de 95%.

 

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