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São Paulo

Após Datena chamar radares de "sacanagem", representante da pré-campanha defende aumento de uso

Em sabatina promovida pela CBN e pelo Globo, Paulo Lourenço disse que é "fundamental" aumentar a fiscalização, contradizendo afirmação feita ontem pelo apresentador

Datena: contradições sobre radares Datena: contradições sobre radares  - Foto: Divulgação

O representante da pré-campanha de José Luiz Datena (PSDB) para a área de mobilidade afirmou, em entrevista à Rádio CBN e ao jornal O Globo, que é “fundamental” ampliar os radares em São Paulo.

Ontem, na primeira sabatina como pré-candidato a prefeito, o apresentador tinha chamado os equipamentos de medição de velocidade de uma “grande sacanagem”.

Na sabatina promovida pelo portal UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo, na terça (16), Datena tinha sido questionado se iria aumentar a quantidade de radares, tendo em vista o aumento de mortes no trânsito, que em 2024 chegou ao maior patamar em nove anos na cidade.

Em abril, a gestão Ricardo Nunes (MDB) vetou a instalação de novos equipamentos de fiscalização.

O apresentador se disse contra a ampliação dessa fiscalização de velocidade:

— Claro que não, radar é uma grande sacanagem. No Brasil, radar é uma grande sacanagem — falou. – O radar não é usado com o objetivo que ele tem, se o radar fosse usado com o objetivo de prevenir acidentes, mas não é. Ele é usado com perspectiva orçamentária.

Já na manhã desta quarta, o engenheiro Paulo Lourenço, que representou a pré-campanha de Datena na sabatina sobre mobilidade promovida pela Rádio CBN e pelo Globo, foi na direção contrária e defendeu mais radares:

— É fundamental a ampliação de radares, e a fiscalização é uma tarefa fundamental para reduzir isso (as mortes no trânsito) – argumentou.

Ele também defendeu que é preciso estudar a redução dos limites de velocidade em algumas vias da cidade, e disse que 70 km/h nas marginais Pinheiros e Tietê seriam “mais do que suficientes”.

A política de redução de velocidade nas marginais chegou a ser adotada na gestão Fernando Haddad (PT), mas foi revogada na gestão João Doria (na época, PSDB), que retomou o limite para 90 km/h.

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