Após desmonte de acampamento, bolsonaristas lançam fogos de artifício contra prédio do STF
Para evitar novas manifestações, o governador do Distrito Federal decretou o fechamento da Esplanada dos Ministérios para veículos e pedestres neste domingo
Manifestantes em Brasília voltaram a atacar os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) na noite de sábado (13), depois que o governo do Distrito Federal desmontou um acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Por volta das 21h30, o grupo não identificado lançou fogos de artifício contra o prédio do STF, simulando um bombardeio.
No vídeo, divulgado em redes sociais, um homem profere insultos e menciona alguns nomes de ministros: Cármen Lúcia, Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandovsky e Gilmar Mendes. O homem faz ameaças dizendo aos ministros: "Se preparem, Supremo dos bandidos, aqui é o povo que manda". Segundo a Polícia Militar do DF, um grupo de aproximadamente 30 pessoas realizou um culto na Praça dos Três Poderes e encerrou a cerimônia com fogos de artifício.
Para evitar manifestações, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decretou na noite deste sábado (13) o fechamento da Esplanada dos Ministérios para veículos e pedestres entre 0h e 23h59 deste domingo (14). A Esplanada tem sido palco de manifestações aos domingos nos últimos meses, principalmente de apoiadores do presidente.
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Além dos riscos sanitários que as aglomerações representam, Rocha alegou o conteúdo antidemocrático por parte de alguns manifestantes para adotar a medida. Para este domingo havia uma expectativa de acontecerem atos não só pró-Bolsonaro, mas também protestos convocados por grupos opositores.
A sede do STF foi atacada com fogos de artifício agora à noite. Integrantes do “300 do Brasil” fizeram ameaças aos ministros da corte pic.twitter.com/cDJXevBuUC
— Samuel (@SamPancher) June 14, 2020
De acordo com a decisão do Governo do DF, o acesso aos prédios públicos federais no local somente será permitido a autoridades e servidores públicos federais identificados e que estejam em serviço. As manifestações em Brasília passaram a acontecer à medida em que investigações contra o chefe do Executivo e aliados avançaram no STF (Supremo Tribunal Federal), e adversários intensificaram as críticas sobre a capacidade de o governo federal lidar com as crises sanitária e econômica decorrentes da pandemia do coronavírus.