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Política

Após dizer que Bolsonaro 'não gosta de gente, gosta é de policial', Lula pede desculpas a policiais

Em discurso durante ato em São Paulo, petista afirmou que cometeu erro em declaração, que repercutiu nas redes

LulaLula - Foto: Roma Filippo Monteforte / AFP

ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu desculpa neste domingo, durante o ato de 1 ° de Maio em São Paulo, aos policiais por uma fala feita no dia anterior, na qual afirmou que o presidente Jair Bolsonaro "não gosta de gente, mas gosta é de policial".

"Eu ontem cometi um erro quando quis dizer que Bolsonaro não gosta de gente, só de polícia. Gostaria de pedir desculpas aos profissionais da segurança. Eu que vivo pedindo que a imprensa admita seus erros contra mim, não poderia deixar de pedir desculpas pelo meu erro", declarou o petista.

O pedido de desculpa também foi compartilhado por Lula em seu perfis nas redes sociais. Em um encontro no sábado com mulheres na Zona Norte de São Paulo, Lula ressaltava que Bolsonaro incentiva o conflito, quando fez a declaração sobre policiais:

"Ele (Bolsonaro) não gosta de gente. Gosta é de policial. Ele não gosta de livros. Gosta é de armas, de escola de tiro ao alvo, de facilitar o consumo de pistola. Quando na verdade o povo brasileiro está precisando é de paz, de livros, de escolas e de viver em clima de amor, de harmonia e de afeto".

A frase de Lula sobre Bolsonaro gostar de policial foi explorada por rivais do petista nas redes sociais ao longo do sábado. Vídeos editados com apenas esse trecho da afirmação, compartilhados principalmente por bolsonaristas, passaram a circular nas plataformas digitais. Ainda na noite de sábado, Bolsonaro alfinetou Lula ao compartilhar um vídeo em que defende a redução da maioridade penal. "Enquanto uns acham que policial não é gente e que tem que soltar jovens ladrões, traficantes e latrocidas, nós sempre defendemos o cidadão de bem. Boa noite a todos!", escreveu.

O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, foi um dos políticos a se manifestar sobre a fala de Lula. Para Ciro, "Lula apertou o acelerador na corrida para superar Bolsonaro em asnice". "Quando disse que “Bolsonaro não gosta de gente, gosta de policial”, Lula cometeu não um ato falho, mas uma ação indesculpável de discriminação e desumanidade", acrescentou o pedetista.

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