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STF

Após eleição de Trump, Barroso diz que há risco de 'nova onda autoritária'

Presidente do STF afirma que Corte vai 'resistir'

Ministro do STF, Luís Roberto BarrosoMinistro do STF, Luís Roberto Barroso - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que existe o risco de uma nova onda autoritária no mundo e que o país precisará resistir a possíveis consequências dela no Brasil. Barroso destacou que o STF auxiliará na resistência a impulsos antidemocráticos.

A afirmação ocorre em meio ao crescimento do discurso conservador de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, após a eleição do presidente americano Donald Trump.

— Há risco de uma nova onda autoritária, e precisamos resistir, o STF está lá para resistir a qualquer ímpeto autoritário que venha importado de qualquer lugar do mundo. Precisamos voltar à civilidade. As pessoas precisam voltar a sentar à mesma mesa — disse Barroso em evento do Fórum Empresarial Lide.

PEC da Segurança
Barroso também defendeu a iniciativa do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para dar mais poder á Polícia Rodoviária Federal e à Polícia Federal na captação de informações de segurança dos estados, além da organização de operações nacionais contra o crime organizado. A chamada PEC da Segurança ainda não chegou ao Congresso Nacional, mas já sofre resistência por parte de governadores e da oposição ao governo.

— O ministro Ricardo Lewandowski tem um importante projeto de centralização e coordenação da Segurança Pública. A falta de centralização nacional é um problema. Assim como temos o Conselho Nacional de Justiça, que organizou o judiciário, imaginaria algo parecido para a segurança pública.

Emendas parlamentares
O presidente do STF voltou a chamar atenção para a necessidade de mudanças nas emendas parlamentares, dando mais detalhamento dos valores encaminhados, assim como organizar as prioridades do orçamento.

— Temos na Brasil um sistema orçamentário próximo ao parlamentarismo, só que sem responsabilidade. O que dificulta a governabilidade. O volume de emendas individuais e de bancada impositivas alcança um percentual que é superior aos países da OCDE. Há nesse momento um esforço dos Poderes para dar mais racionalidade e rastreabilidade ao Orçamento. Mas a verdade é que o Brasil precisa melhorar a qualidade do gasto.

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