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CONGRESSO

Após operação da PF, oposição cobra de Pacheco defesa de prerrogativas dos parlamentares

''É importante que o presidente entenda que o papel dele é ser presidente do Congresso Nacional'', afirmou o senador Rogério Marinho

Senador Rogério MarinhoSenador Rogério Marinho - Foto: Reprodução/TV Senado

Parlamentares de oposição cobraram do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defesa das prerrogativas parlamentares, após o mineiro se manifestar em apoio às operações da Polícia Federal desta quinta-feira (8), que atingiram o ex-presidente Jair Bolsonaro e o comandante do PL, Valdemar Costa Neto.

—É importante que o presidente entenda que o papel dele é ser presidente do Congresso Nacional. E, como presidente do Congresso Nacional, defender as prerrogativas dos parlamentares, defender a Constituição, defender a ordem, o devido processo legal, a harmonia entre os poderes e a separação entre os poderes— afirmou o senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado.

Mais cedo, Pacheco disse que ''minoria irresponsável'' queria ''Estado de exceção'' e prisão de autoridades.

“Ação insensata encabeçada por uma minoria irresponsável, que previa impor um Estado de exceção e prisão de autoridades democraticamente constituídas. Agora, cabe à Justiça o aprofundamento das investigações para a completa elucidação desses graves fatos”, escreveu Pacheco em nota.

Recentemente, Valdemar criticou Pacheco e o chamou de "frouxo" e "omisso" por permitir as ações da PF no Congresso e por não pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Os parlamentares aliados de Bolsonaro voltaram a dizer que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes estaria impedido de julgar as atuais operações, porque ele seria uma suposta vítima.

— Este processo atual, uma das principais peças que é a delação do Mauro Cid, é colocada de uma forma muito enfática pelo ministro Alexandre de Moraes de que ele estaria sendo monitorado e que ele seria ao final, aprisionado caso houvesse o pretenso golpe de Estado que ele alega existir nas investigações que ele faz— disse Marinho

Marinho foi ministro do Desenvolvimento durante o governo Bolsonaro, mas disse que tinha deixado o cargo para se candidatar ao Senado, na época da reunião ministerial em que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno afirmou, com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se "tiver que virar a mesa é antes das eleições". No encontro, Heleno também afirmou que era necessário agir "contra determinadas instituições e contra determinadas pessoas".

—Eu havia me descompatibilizado em março para ser candidato ao Senado da República, me parece que a reunião se refere ao mês de junho e o Júlio não estava presente—disse.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que era vice-presidente de Bolsonaro, também disse que não estava presente e, por isso, não saberia explicar a frase.

A declaração ocorreu durante reunião realizada em julho de 2022. Um vídeo da reunião foi obtido pela Polícia Federal (PF) em um computador apreendido na casa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

A transcrição da reunião é citada na decisão de Moraes, que autorizou a operação da Polícia Federal desta quinta, que investiga uma investiga uma tentativa de golpe de Estado e mirou Bolsonaro e aliados. Heleno foi alvo de mandados de busca e apreensão.

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