Justiça

Após PF indiciar Bolsonaro, PGR solicita mais documentos sobre joias

Paulo Gonet decidirá sobre eventual denúncia após receber novas informações

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante sessão do STF O procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante sessão do STF  - Foto: Andressa Anholete/STF

Após a Polícia Federal (PF) indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por um suposto esquema de venda de joias desviadas do acervo presidencial, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta sexta-feira que sejam apresentados mais documentos, incluindo laudos sobre as peças comercializadas.

Em julho, a PF concluiu a investigação e indiciou Bolsonaro e mais 11 pessoas.

Os crimes atribuídos ao ex-presidente foram peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O relator do caso no STF, Alexandre de Moraes, enviou o relatório final à PGR, que decidirá se apresenta ou não uma denúncia.

Na manifestação enviada nesta sexta ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que retomará a análise do relatório "após o envio dos documentos e das informações faltantes".

Gonet declarou que "documentos importantes, mencionados e parcialmente transcritos no relatório conclusivo das investigações, ainda não foram juntados em sua integralidade ao processo", e que é essencial que a PGR "tenha acesso à íntegra de todos os elementos informativos" antes de decidir sobre uma eventual denúncia.

Foram solicitados, por exemplo, os documentos e depoimentos colhidos como parte do acordo firmado entre a PF e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Gonet ainda pediu laudos de merceologia pendentes sobre algumas das joias.

Como o Globo mostrou, a PGR somente irá apresentar alguma conclusão sobre as investigações envolvendo Bolsonaro após as eleições municipais.

Nos bastidores do órgão, a avaliação é a de que Gonet vem buscando manter a cautela com relação a todos os casos que possam ter grande impacto político.

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