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Após prisão de militares, Barroso diz que golpe de Estado esteve "mais próximo do que imaginávamos"

Investigação aponta plano para matar Lula, Alckmin e Moraes após derrota de Bolsonaro em 2022

Luís Roberto BarrosoLuís Roberto Barroso - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta terça-feira que o Brasil esteve "mais próximo do que imaginávamos" de um golpe de Estado.

A declaração do ministro ocorre após as revelações da Polícia Federal a respeito de um suposto plano dos "kids pretos" do Exército para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2022.

"Tudo sugere que estivemos mais próximos do que imaginávamos do inimaginável. O que é possível dizer, neste momento, é que o golpismo, o atentado contra as instituições e contra os agentes públicos que as integram, nada têm a ver com ideologia ou com opções políticas. É apenas a expressão de um sentimento antidemocrático e do desrespeito ao Estado de direito. Nós estamos falando de crimes previstos no Código Penal ", disse.

A declaração do presidente do STF ocorreu na sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que também é presidido por ele.

Segundo Barroso, as notícias sobre um suposto plano de golpe são "estarrecedoras", mas reforçou que as investigações estão em curso e que é preciso "aguardar a sua evolução".

"Felizmente, o país já superou os ciclos do atraso, mas é preciso empurrar para a margem da história comportamentos como esses que estão sendo noticiados pela imprensa, e que são uma desonra para o país ", apontou.

O presidente do STF frisou que as instituições republicanas estão funcionamento "bem e harmoniosamente" e ressaltou que a investigação está sendo conduzida com "muita seriedade pela Polícia Federal".

Além disso, reforçou que a atuação de uma Procuradoria Geral da República independente e disse que o "Poder Judiciário vai julgar conforme as leis e a Constituição".

"Felizmente nós já superamos os ciclos do atraso dessas quarteladas e dessa visão antidemocrática em que "eu não suporto que alguém que pense diferente de mim tenha sido eleito" ", um retrocesso imenso saber que nós estivemos perto de alguma coisa como essa ", disse.

Nesta terça-feira, a PF realizou uma operação que apura um suposto plano dos "kids pretos" do Exército para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e ministro Alexandre de Moraes, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2022.

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