Após propor aumento de imposto em Minas, Zema entra em contradição ao defender Bolsonaro
Em entrevista ao jornal Estado de Minas, governador disse que economia estaria melhor com ex-presidente porque novas taxas não estariam sendo discutidas
Uma semana após ter pautado a Assembleia de Minas com um projeto de lei que prevê o aumento de imposto para itens "supérfluos", o governador Romeu Zema (Novo) entrou em contradição ao defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o chefe do Executivo mineiro, a economia do país "estaria melhor" com o ex-mandatário justamente pela proposta do presidente Lula (PT) de taxação:
"Em termos de economia, eu diria que nós teríamos caminhado num sentido melhor (se Bolsonaro fosse reeleito), já que não estaria se falando em aumentar impostos como esse governo está falando. Estão falando que vão aumentar impostos dos ricos, tudo bem! Só que na hora que você aumenta imposto de quem investe, de quem gera emprego, quem acaba às vezes pagando uma conta é aquele que depende desses empregos, o assalariado" disse Zema em entrevista ao jornal "O Estado de Minas".
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O governador ainda reafirmou que o governo federal deveria enxugar a máquina pública. A declaração ocorre em meio a um projeto de lei que legisla sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Caso a proposta seja aprovada, haverá a implementação da alíquota adicional de 2% na taxação de mercadorias como cerveja, smartphones e ração para pets.
O projeto enfrenta críticas de parlamentares da base do governo e entidades empresariais. Em julho, Zema concedeu benefícios bilionários às locadoras.
A expectativa do Palácio Tiradentes é arrecadar entre R$ 800 milhões a R$ 1,2 bilhão por ano com a proposta, valor equivalente ao cedido pelo governador às empresas de seus aliados em isenções fiscais. Estes recursos provenientes da nova taxação teriam como destino o Fundo de Erradicação da Miséria (FEM).