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Venezuela

Após PT defender Maduro, PSOL diz ser justa a cobrança por transparência na eleição venezuelana

O texto foi publicado cinco dias após a eleição ter ocorrido na Venezuela em 28 de julho

Nicolás Maduro, presidente da VenezuelaNicolás Maduro, presidente da Venezuela - Foto: Federico Parra/AFP

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) manifestou apoio à posição conjunta dos governos do Brasil, da Colômbia e do México, que pediram às autoridades eleitorais da Venezuela que divulguem os dados desagregados por mesa de votação.

Em nota com quatro tópicos, desta sexta-feira, 2, o PSOL escreveu que "diante das incertezas que rondam o processo eleitoral venezuelano, é justa a cobrança por mais transparência endereçada às instituições eleitorais daquele País".

Em seguida, o partido pediu a condenação dos embargos econômicos aplicados pelos Estados Unidos contra a Venezuela.

"O bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos e seus aliados à Venezuela teve como principal vítima o povo pobre, privado do acesso a bens e serviços fundamentais. Por isso, a política de embargos econômicos e a ingerência estrangeira devem sempre ser condenadas", diz o texto.

A legenda também disse considerar "justa" a garantia de acompanhamento internacional independente. Além disso, criticou "ameaças golpistas" que, segundo a sigla, são "sustentadas pela direita venezuelana".

"A proposta de assegurar um acompanhamento internacional independente é justa. Qualquer medida que possa contribuir para legitimar uma saída que respeite a vontade e a soberania popular e a institucionalidade do país barrando as ameaças golpistas - sempre sustentadas pela direita venezuelana - contará com nosso apoio", declara.

Por último, a agremiação pregou a "paz" e a "superação do impasse" no país.

"A América Latina quer e precisa de paz, justiça social, democracia e um projeto de integração soberana e independente. E isso só pode acontecer com a superação do impasse na Venezuela. O PSOL seguirá trabalhando nessa direção", finaliza.

O texto foi publicado cinco dias após a eleição ter ocorrido na Venezuela em 28 de julho. Durante a semana, o pré-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), havia manifestado "preocupação" com a situação da Venezuela.

O órgão eleitoral do país, cuja direção é de maioria chavista, declarou Nicolás Maduro como vencedor de Edmundo González, sem a conclusão da apuração das urnas. Nesta sexta, a instituição reafirmou a vitória de Maduro, mas não tornou públicas as atas reivindicadas.

A posição do PSOL contrasta com a externada pelo PT que, na última segunda-feira, 29, divulgou nota favorável a Maduro, a quem chama de "presidente reeleito" e ao processo eleitoral venezuelano. A nota gerou reações contrárias até mesmo dentro da legenda.

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