Votação

Após "susto" com derrota de Lula na DPU, ministros com mandato no Senado reassumem vagas para votar

Tentativa é mostrar peso político e garantir aprovação tranquila, após revés na indicação de Igor Roque

Flávio Dino e Paulo Gonet são indicados para vaga no STF e no PGR respectivamenteFlávio Dino e Paulo Gonet são indicados para vaga no STF e no PGR respectivamente - Foto: M. Camargo e A. Cruz/Agência Brasil

Ministros de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com mandato no Senado vão retornar ao Congresso temporariamente para participar da votação dos indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, e à Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, nesta quarta-feira. Os ministros Renan Filho (Transportes), Camilo Santana (Educação) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) confirmaram ao Globo a ida ao Senado.

No fim de outubro, o Senado impôs uma derrota ao governo ao rejeitar a indicação de Igor Roque para a chefia da Defensoria Pública da União (DPU) — houve 38 votos contra e 35 a favor. Na tentativa de aprovar Dino e Gonet, o governo reforçou a articulação, mas, segundo interlocutores não houve pedido expresso para que os titulares retomassem os mandatos. No entanto, cientes da necessidade de mostrar peso político, os ministros resolveram reassumir os postos e comunicaram o Palácio do Planalto.

A volta dos ministros ao Parlamento é vista internamente mais como um ato simbólico e político do que um reforço no número de votos que cada um poderá ter, já que seus suplentes declararam apoio a Flávio Dino e a Paulo Gonet.

A exceção é a suplente do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, senadora Margareth Buzetti (PSD-SC), que até assumir a suplência era filiada ao PP. Ela se declarou indecisa em relação à indicação de Dino. A ida de Fávaro ao Senado nesta quarta-feira, no entanto, ainda não está confirmada.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o Executivo tem tranquilidade na aprovação de Dino e afirma que ele terá um placar entre 45 e 52 votos. São necessários no mínimo 41 votos para a aprovação.

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