Segundo turno

Após três horas, termina depoimento de Anderson Torres à PF sobre bloqueios em estradas nas eleições

De acordo com a defesa, ex-ministro manteve a postura de cooperar com as investigações, "uma vez que é o principal interessado no rápido esclarecimento dos fatos e acredita que a verdade prevalecerá"

Anderson TorresAnderson Torres - Foto: Marcos Corrêa/PR

Após duas horas, terminou o depoimento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres na sede da Polícia Federal, sobre a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do segundo turno da eleição presidencial do ano passado.

Em nota, a defesa afirmou que Torres manteve a postura de cooperar com as investigações, “uma vez que é o principal interessado no rápido esclarecimento dos fatos e acredita que a verdade prevalecerá”.

"O depoimento ocorreu dentro da normalidade. Anderson Torres compareceu à sede da Polícia Federal, abriu mão de seu direito constitucional ao silêncio e respondeu todos os questionamentos formulados. Mantém a postura de cooperar com as investigações, uma vez que é o principal interessado no rápido esclarecimento dos fatos e acredita que a verdade prevalecer. A defesa reitera que as manifestações serão feitas nos autos", informou o advogado Eumar Novacki.

Torres foi interrogado sobre as ordens que deu à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para promover uma série de bloqueios nas rodovias no dia do segundo turno das eleições de 2022.

A maior parte das blitzes foi registrada na Região Nordeste, o que o atual diretor geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, classificou como "desproporcional".

A PF suspeita que Torres idealizou a operação com o intuito de atrapalhar o trânsito de eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os investigadores já têm em mãos a planilha que ele pediu a seus subordinados para basear a ação — o arquivo levanta os locais em que Lula e o então presidente Jair Bolsonaro (PL) tiveram o melhor desempenho eleitoral.

A PF também quer esclarecer sobre as razões de Torres ter viajado à Bahia nas vésperas do segundo turno. Os investigadores suspeitam que a visita serviu para orientar a PF e a PRF sobre os bloqueios que seriam realizados no Estado, que foi crucial para a vitória eleitoral de Lula.

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