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Aras condena agressões a ministros do STF e fala em despedida

Atual PGR fez pronunciamento durante sessão de abertura do segundo semestre do Judiciário

Procurador Geral da República, Augusto ArasProcurador Geral da República, Augusto Aras - Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Na sessão de abertura do semestre de atividades do Judiciário no Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Augusto Aras prestou solidariedade a ministros "vítimas de agressões" e disse que seu discurso poderia ser sua última fala antes de sua despedida "em 26 de setembro vindouro".

O nome do atual chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) vinha sendo defendido por setores do PT para uma possível recondução pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a hipótese veio perdendo força ao longo das últimas semanas.

Nesta terça-feira, em uma live que realiza semanalmente, o presidente Lula afirmou que vai escolher o próximo procurador-geral da República "no tempo certo, na hora certa" e que vai "conversar com muita gente". O presidente afirmou ainda que fará um "pente-fino" para "não cometer um erro" porque não quer escolher alguém que "faça denúncia falsa".

Ao concluir o seu discurso na sessão inaugural do Supremo, Aras se manifestou a respeito de agressões sofridas por integrantes da Corte, sem mencionar nomes. No início do mês de julho, o ministro Alexandre de Moraes e sua família foram agredidos por brasileiros no aeroporto de Roma.
 

  

—Presto a minha solidariedade aos ministros e ministras que foram vítimas de ataques, agressões, seja em território nacional seja alhures e estamos adotando todas as providências necessárias — disse o PGR.

 Escolhido por Jair Bolsonaro em 2019, Aras foi reconduzido para comandar a PGR em 2021. Seu atual mandato termina em setembro, mas uma segunda recondução não é vetada. Mesmo assim, a prorrogação é vista como pouco provável no Palácio do Planalto.

Na live desta terça, Lula ainda afirmou que "obviamente" vai escolher alguém com "mais critério" e que não quer escolher alguém que seja "amigo do Lula".

— Então, obviamente que eu vou escolher alguém com mais critério, com mais pente-fino, para não cometer um erro. Eu não quero escolher alguém que seja amigo do Lula, quero escolher alguém que seja amigo desse país. Alguém que não faça denúncia falsa, que não levanta (acusação) falsa sobre o outro — concluiu. 

   

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