Presidente da República

Às vésperas do 7 de Setembro, Bolsonaro volta a atacar ministros do STF

Bolsonaro também criticou a decisão do ministro Edson Fachin de suspender trechos que facilitaram a compra e porte de armas

Presidente, Jair BolsonaroPresidente, Jair Bolsonaro - Foto: Miguel Schincariol /AFP

Um dia antes do 7 de Setembro, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta terça-feira (6) ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que os magistrados "trabalham aqui para eleger um bandido". Bolsonaro também fez críticas específicas aos ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin.

Durante sabatina na Jovem Pan, Bolsonaro criticou ações do STF sobre o combate à criminalidade e falou sobre a eleição de um "bandido", sem citar nomes:

— Essas pessoas têm alguma razão para falar em combater a criminalidade? Eles têm a vida deles, descem lá de seu prédio, pega carro blindado, com outro segurança com fuzil e vão para casa e voltam. O povo que se exploda. O povo que se exploda. Essas pessoas que trabalham aqui para eleger um bandido no Brasil.

Em outro momento da entrevista, Bolsonaro criticou duas decisões da Corte: a que derrubou a possibilidade de execução de pena por condenação em segunda instância, que beneficiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a que devolveu a elegibilidade do petista.

Bolsonaro também criticou a decisão do ministro Edson Fachin de suspender trechos de decreto que facilitaram a compra e porte de armas. O presidente afirmou que se for reeleito, irá "resolver" esse assunto "em uma semana", sem dizer como.

— Não concordo em nada com o senhor Fachin. Peço que quem está assistindo, acredite em mim. Acabando as eleições, a gente resolve essa questão dos decretos em uma semana. Que todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Encerrou por aqui o assunto dos decretos. Acabando as eleições, eu sendo reeleito, a gente resolve esse problema e outros problemas.

Bolsonaro ainda fez críticas sobre Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com quem membros do governo tentaram articular uma trégua. O presidente lembrou que já teve diversas conversas com o ministro, inclusive antes de sua posse na Corte Eleitoral, mas reclamou que logo depois ele "continua tomando medidas".

— Alexandre de Moraes. Quantas vezes conversamos e alguns dias depois ele volta ao que era antes? Ele levou convite para mim para a posse, fui na posse, foi um discurso pesado. E o que aconteceu logo depois? Ele continua tomando medidas.

De acordo com Bolsonaro, alguns inquéritos relatados por Moraes são "completamente irregulares".

— Esses inquéritos dele, acho que é consenso, acho que ninguém vai falar que eu estou errado. São inquéritos completamente irregulares, ilegais e inconstitucionais. Você, para ser democrata, você tem que seguir a Constituição e respeitar as leis. Nem uma lei foi respeitada nesses inquéritos.

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