Abin

Associação da Abin diz que notebook da agência apreendido em operação da PF estava com servidora

Investigação apura suposto sistema ilegal de espionagem implantado na Abin

AbinAbin - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A defesa da Intelis, associação de servidores da Agência Nacional de Inteligência (Abin), disse em nota que o notebook apreendido em operação da Polícia Federal estava na casa de uma servidora do órgão. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira para apurar um suposto monitoramento ilegal feito pela Abin durante o governo de Jair Bolsonaro.

“A operação tinha como alvo outra pessoa e em nada se relaciona com trabalho desempenhado pela servidora. A defesa condena os vazamentos, principalmente porque no caso da servidora, podemos afirmar imperativamente que ela não era alvo do mandado e a apreensão de bens foi ilegal”, diz a nota assinada pelo advogado Bernardo Fenelon, que defende a Intelis.

Integrantes da PF relataram que o equipamento da Abin foi recolhido pelos policiais na residência de Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do exército que foi cedido para a agência na gestão de Alexandre Ramagem. Rodrigues é casado com uma servidora da Abin.

A PF cumpriu nove mandados de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira. O vereador Carlos Bolsonaro, filho “02” do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi um dos alvos da ação.

A investigação apura indícios de uma suposta rede de espionagem ilegal na Abin.

Reportagem do Globo, publicada em março do ano passado, mostrou que a Abin utilizou um programa secreto chamado FirstMile para monitorar a localização de pessoas pré-determinados por meio dos aparelhos celulares durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Após a reportagem, publicada em março, a PF abriu um inquérito e identificou que a ferramenta foi utilizada para monitorar políticos, jornalistas, advogados e adversários do governo

Um dos mandados cumpridos contra a suposta espionagem ilegal na Abin foi na casa de Angra dos Reis, na Costa Verde, onde a família Bolsonaro se reuniu no fim de semana para realizar uma live.

Carlos, seus irmãos Flávio e Eduardo, além de Jair Bolsonaro não estavam na residência quando a PF chegou. Eles haviam saído do local de barco.

Segundo a colunista Bela Megale, a corporação apreendeu o celular de Carlos Bolsonaro e três computadores, sendo que um deles tem como usuário Tércio Arnaud, apontado por investigações como integrante do chamado 'gabinete do ódio' do governo Bolsonaro.

Veja também

Como Israel construiu uma empresa de fachada para colocar explosivos nos pagers do Hezbollah
ORIENTE MÉDIO

Como Israel construiu uma empresa de fachada para colocar explosivos nos pagers do Hezbollah

PF vai identificar quem está usando o X de forma irregular após decisão que suspende plataforma
BRASIL

PF vai identificar quem está usando o X de forma irregular após decisão que suspende plataforma

Newsletter