Manifestação

Ato no Recife defende a democracia e pede o impeachment de Bolsonaro

Pela primeira vez, diferentes alas ideológicas se reuniram em um único protesto

Ato contra Jair Bolsonaro e em defesa da democracia, no RecifeAto contra Jair Bolsonaro e em defesa da democracia, no Recife - Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

Marcada para este domingo (12), a manifestação de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) começou às 13h, no Recife. Os atos aconteceram em todo o País e foi a primeira vez que manifestantes de alas ideológicas diferentes se uniram para protestar. 

Na Capital Pernambucana, a manifestação foi no Marco Zero do Recife e teve como pauta a defesa do Impeachment do Presidente Bolsonaro e da democracia liberal. 

No Estado, o ato político é organizado pelo Movimento Livres, em parceria com o MBL, UJL, LOLA e as setoriais de Juventude e Diversidade do partido Cidadania, além de contar com a adesão de diversos setores da sociedade. As frentes estimam um público entre 200 e 300 pessoas no ato. 

A vice-prefeita do Recife e Secretária Geral do PDT, Isabella de Roldão, esteve presente no Marco Zero antes da manifestação começar. "A luta pela legalidade e pela democracia está no DNA do nosso Partido Democrático Trabalhista e na história das e dos líderes que nos antecederam e que honramos. Não toleraremos ameaças golpistas", disse Isabella.

"Neste momento, o nosso chamado é por união em torno de um Projeto Nacional de Desenvolvimento, que fortaleça a nossa soberania através dos investimentos necessários para o crescimento do nosso País, com geração de emprego e renda, garantia de direitos, melhoria da qualidade de vida e promoção de justiça social. A reconstrução de que o Brasil necessita passa pelo fim da polarização, com um novo caminho conduzido por Ciro Gomes, o mais bem preparado para o desafio que se apresenta", concluiu a vice-prefeita e Secretária Geral do PDT.

Segundo avalia o organizador do movimento, Isac Costa, coordenador do MBL em Pernambuco, Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade e foi negacionista no combate à pandemia da Covid-19. Ele afirmou, ainda, que o movimento ficou fortalecido após as manifestações do 7 de Setembro. 

“A gente tem inúmeras divergências com a esquerda, mas a gente está no campo democrático, dentro das quatro linhas da constituição. A diferença é que existe um grupo que está jogando fora dessas linhas, então o que a gente quer é o impeachment do presidente da República. A gente vai tirar um presidente antidemocrático e a gente vai voltar à nossa normalidade institucional. O vice assume e a gente continua a vida. E essa é a principal proposta”, disse Izaque Costa. 

 


O ato saiu do Marco Zero e andou pela Avenida Rio Branco. Como não é permitido carros de som, os manifestantes se revezam ao microfone com um caixa de som e entoam palavras de ordem de críticas à gestão federal. Após as falas, os manifestantes vão distribuir panfletos e conversar com as pessoas sobre as motivações para o impeachment.

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