Ato pelo impeachment de Bolsonaro no domingo terá presença de esquerdistas
As falas de teor golpista do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no 7 de Setembro ampliaram o escopo ideológico das manifestações pelo seu impeachment convocadas para o próximo domingo (12).
Antes restritas a movimentos e grupos de centro e de direita que fazem oposição a Bolsonaro, como MBL, Vem Pra Rua e Livres, terão também a adesão de representantes da esquerda. Integrantes de partidos como PDT, PC do B e PSOL pretendem comparecer.
Uma das presenças confirmadas é a da deputada estadual Isa Penna (PSOL). Ela busca articular a presença de outros colegas de partido.
"Precisamos ir além da dualidade Lula vs Bolsonaro. PT e anti-petismo. Qualquer democracia de verdade possui vozes plurais. Não podemos falar apenas para os nossos", afirma Penna, em declaração que divulgou justificando seu posicionamento.
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Segundo ela, as ameaças de Bolsonaro não podem ser menosprezadas. "Estar nas ruas no dia 12 não nos faz menos de esquerda ou menos revolucionários. Mas demonstra maturidade em priorizar a defesa da democracia", disse, no texto que distribuiu.
Outro que irá é o deputado federal Orlando Silva (PC do B-SP). "É preciso reunir a oposição de esquerda e direita para combater Bolsonaro. E o programa mínimo dessa união é democracia", diz Silva.
O diretório municipal do PDT também confirmou presença. "É hora de unirmos forças da esquerda à direita pelo impeachment desse presidente tirano e incompetente", afira o presidente da legenda na capital paulista, Antonio Neto.
O grande ausente, pelo menos até o momento é o PT, que a princípio rejeita comparecer ao lado de grupos que defenderam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.