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Invasão Golpista

Atos em Brasília causam repercussão internacional

Estados Unidos, Chile e Espanha foram alguns dos países que já condenaram os atos em Brasília

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do PlanaltoManifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A invasão ao Palácio do Planalto, ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional gera preocupação e alerta entre líderes internacionais. Representantes de organizações internacionais e de nações em todo o mundo emitiram notas condenando os atos antidemocráticos no Brasil e reafirmando a legitimidade da vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empossado há uma semana.

O presidente chileno, Gabriel Boric, que esteve no Brasil para a transferência de poder há uma semana, disse que há um "ataque aos Três Poderes do Estado por parte dos bolsonaristas":

"O governo do Brasil tem todo nosso respaldo diante deste covarde e vil ataque à democracia", disse ele, que também retuitou uma postagem de sua chanceler, Antonia Urrejola, afirmando que o Chile "rechaça a inaceitável ação antidemocrática que agride os Três Poderes do Estado do Brasil", e instando a Organização dos Estados Americanos (OEA) a convocar uma sessão extraordinária de seu conselho permanente para respaldar a democracia e o Estado de direito" no país.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, compartilhou uma nota em português e em espanhol demonstrando "todo seu apoio ao presidente Lula e às instituições livres e democraticamente eleitas pelo povo brasileiro":

"Condenamos veementemente o assalto ao Congresso brasileiro e pedimos o retorno imediato à normalidade democrática", disse o premier de esquerda.

O secretário de Estado do governo americano, Antony Blinken também condenou o ataque e disse que "usar violência para atacar as instituições democráticas é sempre inaceitável". Ele também afirmou que apoia as medidas de Lula para coloquem um fim nessas ações.

Frente aos paralelos com a invasão do Capitólio americano há dois anos e dois dias por turbas insufladas pelo então presidente Donald Trump, o encarregado de negócios dos EUA no Brasil, Douglas Koneff, foi um dos primeiros a se pronunciar. Segundo ele, "a violência não tem lugar nenhum numa democracia":

"Condenamos fortemente os ataques às instituições dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em Brasília, que é um ataque também à democracia. Não existe justificativa para esses atos!", disse o representante.

Em nota bilíngue em português e inglês, a Embaixada americana disse que "mídia e polícia relatam que um protesto antidemocrático tornou-se violento e agora ocupa áreas do centro de Brasília, incluindo o Congresso Nacional e áreas da Praça dos 3 Poderes", pedindo que seus cidadãos evitem a área.

Dirigentes franceses, tanto do partido do presidente Emmanuel Macron, quanto da oposição de esquerda, criticaram, neste domingo (8), o "ataque da extrema direita no Brasil", onde militantes bolsonaristas invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto em Brasília.

"Solidariedade com o povo brasileiro, cujas instituições estão sendo atacadas por ativistas de extrema direita. É a isto que leva o conspiracionismo, a deslegitimação de um presidente democraticamente eleito e o questionamento do sufrágio universal", assegurou no Twitter o eurodeputado macronista Stéphane Séjourné, secretário-geral do partido Renascimento, ao qual pertence o presidente.

O líder da oposição de esquerda Jean-Luc Mélenchon, candidato nas presidenciais de abril, acusou a "extrema direita" brasileira de "tentar um golpe de Estado ao estilo Trump contra o novo presidente de esquerda Lula".

"Solidariedade com a democracia brasileira!", escreveu Mélenchon no Twitter.

"Assim é a extrema direita em todo o mundo! Ao final, sempre se opõe à democracia! Apoio total a #Lula presidente!", afirmou pelo Twitter Olivier Faure, principal dirigente do Partido Socialista francês.

 

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