Atos golpistas em Recife, Brasília, São Paulo e Rio não têm adesão nesta quarta-feira (11)
Interventor da segurança do Distrito Federal chegou a ordenar o fechamento da Esplanada dos Ministérios para reduzir chance de conflitos ou invasões
Convocadas pelas redes sociais, manifestações golpistas não tiveram adesão, nesta quarta-feira (11), em Recife, Brasília, São Paulo e Rio. Marcadas para ter início às 18h com o mote "pela retomada do poder", as manifestações não tinham iniciado até 19h.
Na Praia de Boa Viagem, ponto de onde sairia a manifestação no Recife, apenas equipes da Polícia Militar marcaram presença, enquanto o movimento seguia a normalidade diária da região.
No entorno da Praça dos Três Poderes e da Esplanada dos Ministérios, na capital federal, não havia aglomeração de militantes identificados como bolsonaristas ou defendendo a pauta golpista.
Bloqueios feitos por policiais militares e por carros da Força Nacional restringiam a circulação de extremistas pelo Eixo Monumental. Apenas servidores e turistas eram vistos na região. Para acessar o entorno de prédios públicos era necessário passar por revista.
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Um helicóptero sobrevoava a região, enquanto o interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, acompanhava a movimentação da Esplanada. De acordo com ele, todas as corporações envolvidas no trabalho operam com efetivo máximo nesta quarta-feira.
Pela manhã, o interventor prometeu tratar "com o rigor da lei" aqueles que cometessem excessos como os vistos no último domingo.
— Não há hipótese de se repetirem atos de vandalismo. O direito à livre manifestação será garantido, mas isto não pode se confundir com terrorismo. Quem agir em desalinho será tratado com o rigor da lei.
Na rodoviária do Plano Piloto, a circulação de pessoas ocorria normalmente e também não era possível ver a chegada de militantes vestidos com camisas alusivas ao bolsonarismo.
Bolsonaristas radicais decepcionados
Em São Paulo, o cenário era o mesmo. A Avenida Paulista não tinha a presença de radicais por volta das 18h30min. O vão do Masp estava cercado por grades e havia policiamento reforçado no local e na frente do Parque Trianon, inclusive com policiais militares da cavalaria. Três bolsonaristas radicais que chegaram ao local disserem estar decepcionados com a falta de público. Um grupo de 15 pessoas autodenominado antifascista chegou ao vão do Masp por volta de 18h45m, segundo eles, para esperar bolsonaristas.
Pessoas familiarizadas com o esquema de segurança preparado pela Polícia Militar no local afirmam que a inteligência já monitorava a possibilidade de atos golpistas na Paulista, mas que até o início da tarde de hoje a expectativa era de um ato diminuto.
No Rio, a orla de Copacabana também estava vazia na altura do posto 5, para onde foi convocada a manifestação. O forte aparato policial, com equipes de batalhões e grupamentos especiais da Policia Militar e Guarda Municipal chamaram atenção de quem passava pela Avenida Atlântica. Alguns agentes estavam equipados com escudos, armas de bala de borracha e capacete tático.