Bancada evangélica terá espaço na reforma ministerial. Entenda
Bancada evangélica trabalha para tentar emplacar um integrante do grupo como ministro. A demanda já chegou a integrantes da Esplanada, em especial, os que atuam como ponte entre o Palácio do Planalto e as lideranças religiosas no Congresso.
Vem uma reforma ministerial por aí, não se sabe ainda se no início do ano ou após a eleição das novas mesas diretoras da Câmara e do Senado, marcada para 3 de fevereiro. Em meio a um momento em que o seu governo está em baixa, com índices de desaprovação que superam os de aprovação, segundo o Datapoder e o Datafolha, o que se diz em Brasília é que o centrão vai ganhar mais espaços na Esplanada do Ministério.
A bancada evangélica, por exemplo, trabalha para tentar emplacar um integrante do grupo como ministro. A demanda já chegou a integrantes da Esplanada, em especial, os que atuam como ponte entre o Palácio do Planalto e as lideranças religiosas no Congresso. O assunto foi um dos temas tratados, à boca miúda, no almoço desta terça-feira, realizado pelas Frentes Parlamentares Evangélicas do Congresso Nacional e do Senado Federal, em Brasília.
No evento, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, Kássio Nunes Marques e André Mendonça, o advogado-geral da União, Jorge Messias, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) foram homenageados com a “Medalha de Honra ao Mérito Cristão”.
Entre os nomes evangélicos aventados, no almoço, como possibilidade para ocupar um ministério estava o do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). Ex-aliado de Jair Bolsonaro, ele votou a favor do projeto do governo Lula pela reestruturação ministerial, no ano passado, e deixou o PL, partido ao qual era filiado na ocasião.
Zequinha é conhecido por uma postura conservadora e é um dos maiores rivais da pauta ambiental no Congresso. Integrantes do governo admitem que os evangélicos tentam aproveitar a reforma ministerial para emplacar um representante na Esplanada.
Eles avaliam, porém, que há nomes mais próximos do governo que Zequinha Marinho para ocupar a cadeira. Entre os citados estão a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP). Cezinha disse ao Globo que não aceitaria um ministério no governo Lula e que isso não faz parte de seu projeto político.