Veto ao marco temporal

Bancada ruralista critica Lula por comparação do Congresso a "raposa cuidando do galinheiro"

Em comunicado, a FPA afirma que Lula criminalizou o Congresso

Na COP28, Lula pediu a ministra Sonia Guajajara a convencer parlamentares a não derrubarem veto Na COP28, Lula pediu a ministra Sonia Guajajara a convencer parlamentares a não derrubarem veto  - Foto: Giuseppe Cacace/ AFP

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter comparado o Congresso a uma “raposa cuidando do galinheiro”, ao comentar a possível derrubada do veto quase integral ao projeto de lei que cria o marco temporal para demarcação das terras indígenas. Em comunicado, a FPA afirma que Lula criminalizou o Congresso.

"Lula sinaliza para a criminalização da produção rural no Brasil, para a fragilização de direitos constitucionais, em busca de perpetuação no poder e de uma democracia fraca, dependente e corrupta, incapaz de debater seriamente um tema que impacta milhares de família brasileiras, expulsas de suas casas em razão de laudos técnicos e ideológicos”, diz o comunicado.

Lula comparou o Congresso a uma "raposa cuidando do galinheiro" ao se referir ao imbróglio envolvendo o marco temporal.

Em evento com movimentos sociais na COP 28, em Dubai, o presidente pediu que a ministra Sonia Guajajara (Povos Indígenas) usasse sua simpatia para "tentar convencer os caras" (parlamentares) a não derrubarem seu veto quase integral ao projeto aprovado em setembro, em desafio a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a tese inconstitucional.

— A gente tem que se preparar para entender o seguinte: ou nós construímos uma força democrática capaz de ganhar o Poder Legislativo, o Poder Executivo e fazer a transformação que vocês querem, ou nós vamos ver o que aconteceu com o marco temporal. Querer que uma raposa tome conta do nosso galinheiro é acreditar demais — disse o presidente na ocasião.

O Congresso deve analisar os vetos de Lula na próxima quinta-feira (7), e a tendência é a derrubada dos vetos do presidente. Isso porque é muito provável que, por ir contra uma decisão do STF, o projeto de lei seja contestado na própria Suprema Corte.

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