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Justiça

Bolsonaristas cobram Lewandowski sobre direcionamento da PF; ele diz que instituição é independente

Ministro da Justiça ainda disse que crimes contra honra não tem imunidade parlamentar e nega "perseguição"

Ministro da Justiça, Ricardo LewandowskiMinistro da Justiça, Ricardo Lewandowski - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que os inquéritos da Polícia Federal são conduzidos de forma independente, sem ingerência dele, de outros ministros do governo, ou do presidente Lula e acrescentou que todas as investigações são técnicas. Lewandowski compareceu a Comissão de Segurança Pública do Senado, após convite dos senadores. Ele foi questionado por bolsonaristas sobre uma possível perseguição da PF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, ou deputados de oposição.

— Os inquéritos são desenvolvidos com muita técnica. O ministro não tem nenhuma ingerência. Eu não sei quem é o delegado sorteado pelos inquéritos. Se não tem ingerência do ministro, muito menos de outros ministros ou do presidente. Eu jamais admitiria um direcionamento da PF — respondeu Lewandowski.

Os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmaram que a PF está sendo utilizada para fins políticos e com abuso de poder.

— O senhor pode nos explicar os critérios usados para a abertura de inquérito contra deputados, sem uma comunicação prévia ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Existem evidências de abuso de poder — disse Jorge Seif.

Lewandowski respondeu dizendo que a lei permite investigação de parlamentares e que crimes contra a honra não estão sob o guarda-chuva da imunidade parlamentar.

— Sempre fui um defensor da liberdade de expressão. Mas se da tribuna, um deputado cometer um crime contra honra, ele não tem imunidade contra isso. Os inquéritos abertos certamente levaram em consideração essa não imunidade em relação a crimes contra honra, injúria, calúnia e difamação — afirmou o ministro.

Marcel Van Hatten (NOVO-RS) e Gilberto Silva (PL-PB) foram indiciados por críticas feitas em discursos no Plenário à atuação do delegado da PF Fábio Alvarez Shor. Eles são acusados de calúnia e difamação. Lira afirmou que a Casa tomará providências em relação ao delegado.

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