Bolsonaristas vão às ruas para protestar contra indicação de Dino ao STF
Em São Paulo e em Brasília, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro fizeram pressão para que os senadores barrem nomeação do ministro à Corte
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro foram às ruas neste domingo para protestar contra a indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), vaga após a saída da ministra Rosa Weber.
No fim de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu a indicação de Dino com apoio de ministros da Corte, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. A vaga no STF estava aberta desde o dia 29 de setembro.
Em São Paulo, na Avenida Paulista, a manifestação ocupou duas vias em torno do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e teve a presença de parlamentares e lideranças de direita. Os discursos tiveram ataques à esquerda, críticas ao que chamaram de abuso de autoridade do Poder Judiciário e pressão para que os senadores, que vão sabatinar Dino nesta semana, votem contrariamente à indicação.
"Senador que vota em comunista vota contra o Brasil e contra a liberdade", dizia uma das faixas penduradas em um carro de som. Bolsonaristas apelaram para o medo ao atacar a indicação, afirmando nos discursos que Dino no Supremo significaria "a legalização do aborto, a censura e a perseguição aos patriotas conservadores", por exemplo.
O ato sofreu desfalque de alguns nomes da direita paulista que foram a Buenos Aires com Bolsonaro acompanhar a posse do presidente argentino Javier Milei.
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Em Brasília, o ato na Esplanada dos Ministérios ocorreu pela manhã, sob um sol forte e temperatura ao redor de 30 graus. A quantidade de manifestantes foi visivelmente menor que em convocações do ano passado. Procurada, a Polícia Militar do Distrito Federal afirmou que não divulga estimativa de público.
Diferentes parlamentares discursaram contra Dino, Lula e a primeira-dama, Janja. Os senadores Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-ES), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Márcio Bittar (União-AC) e os deputados Gustavo Gayer (PL-GO), Delegado Caveira (PL-PA) e Nikolas Ferreira (PL-MG) discursaram num carro de som.
De acordo com PM, ao menos 50 policiais trabalharam na manifestação, formando um cordão para impedir acesso ao Congresso Nacional.