Bolsonaro chama Flavio Dino de 'gordo' e governador do Maranhão reage: 'Vai trabalhar'
Em conversa com apoiadores, presidente sugeriu que líderes comunistas são mais 'gordinhos'
O presidente Jair Bolsonaro (PL) sugeriu nesta terça-feira (11) que o governador do Maranhão, Flavio Dino (PSB), é um "comunista gordo". Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio do Planalto, o chefe do Executivo comentou que a característica é comum a líderes de países comunistas, citando a Coreia do Norte e a Venezuela como exemplos.
"Vocês repararam que, nos países comunistas, geralmente o chefe é gordo? O cara da Coreia do Norte, gordinho né? Venezuela, gordinho né? Maranhão?" disse Bolsonaro, rindo na sequência.
Após tomar conhecimento da declaração preconceituosa, Dino reagiu em suas redes sociais ao que classificou como "piada, além de sem graça, repetida". O governador ainda chamou o presidente de "fracassado e bisonho" e sugeriu que ele trabalhe.
Leia também
• Histórico de pesquisas eleitorais revela cenário incômodo para Bolsonaro na disputa pela reeleição
• Após maior inflação desde 2015, Bolsonaro reclama de medidas contra Covid-19
• Pandemia e crise hídrica fizeram inflação estourar meta, diz BC
"1. “Piada”, além de sem graça, repetida. Compatível com a notória escassez de neurônios do indivíduo. 2. Ao bisonho e fracassado “piadista”, faço uma conclamação: VAI TRABALHAR. Os problemas federais são cada dia mais graves: inflação, desemprego, aumento dos combustíveis etc", escreveu Dino.
1. “Piada”, além de sem graça, repetida. Compatível com a notória escassez de neurônios do indivíduo.
— Flávio Dino (@FlavioDino) January 12, 2022
2. Ao bisonho e fracassado “piadista”, faço uma conclamação: VAI TRABALHAR. Os problemas federais são cada dia mais graves: inflação, desemprego, aumento dos combustíveis etc. https://t.co/USP7j9UmMC
O comentário ocorre no mesmo dia em que o IBGE anunciou que a inflação fechou 2021 em 10,06%, a maior alta em seis anos e bem acima da meta estabelecida pelo Banco Central. Os principais vilões da inflação foram energia elétrica, combustíveis e alimentos.
Após a divulgação dos dados, Bolsonaro voltou a culpar medidas restritivas contra a pandemia pelo aumento dos preços. Durante a pandemia, governadores e prefeitos estabeleceram práticas como limitação ao horário de funcionamento de comércios e proibição de eventos com aglomeração. As políticas foram adotadas com o objetivo de reduzir o contágio pelo novo coronavírus.
"Agora, temos problemas. Inflação. Está o mundo todo com esse problema. Você lembra do fique em casa, a economia a gente vê depois? Estamos vendo a economia. O cara ficou em casa, apoiou e agora quer me culpar da inflação" afirmou o presidente.