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EX-PRESIDENTE

Bolsonaro diz não ter tempo para ler e se informar pelo 'zap': "Romance não dá mais"

Em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, ex-presidente também disse não ver filmes: "Só vejo futebol"

Bolsonaro Bolsonaro  - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (31), não ter tempo para ler livros e se informar por mensagens no aplicativo WhatsApp.

Bolsonaro disse que, em vez de obras, prefere dedicar seus dias com outras leituras, a exemplo dos acordos comerciais entre China e Brasil. A declaração foi dada nesta manhã, em entrevista à Rádio Bandeirantes de Goiânia.

Ele foi questionado sobre qual seria o último livro que teria lido.

— Livro eu não leio mais, não dá, não tenho tempo. Sou sincero. Eu tenho rede de Zap e informações. A China assinou com o Brasil 37 acordos. Esses eu tenho que ler, não dá para ler romance mais. Estou com 69 anos, acabei de ler 500 e poucas páginas: relatório do Congresso Americano sobre covid e vacina — afirmou.

Ainda na seara cultura, Bolsonaro também disse não ver filmes.

— Não dá. Só vejo futebol.

Sobre a indicação de "Ainda Estou Aqui" como "Melhor filme" no Oscar, Bolsonaro não fez críticas ao enredo, mas disse que a história de militares executados também deveriam ser retratadas.

— Esse filme só teria valor se começasse comigo. Porque Rubens Paiva? Essa família tem uma fazenda em El Dourado Paulista, minha cidade. Era uma família bem de vida, passavam férias lá. Em oito de maio de 1970, quando [Carlos] Lamarca [guerrilheiro] passou pela cidade, o tenente Alberto Mendes Júnior foi executado a coronhadas (...) Contar história da ditadura militar, tudo bem, mas conte os dois lados. Teve excesso? Teve excesso.

Neste momento, o ex-presidente fez uma comparação entre os excessos da Ditadura Militar com as prisões dos envolvidos nos ataques antidemocráticos do oito de janeiro de 2023

— Agora a gente luta agora pela anistia das pessoas condenadas com a Bíblia de baixo do braço e com a bandeira nas costas — disse.

Questionado se tomaria um vinho com seu adversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro negou e respondeu que prefere beber o refrigerante Coca-Cola.

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