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Ministro da economia

Bolsonaro diz que 'de vez em quando' recebe pedido para demitir Guedes

Bolsonaro disse ainda que espera que Guedes resolva nos próximos dias "a questão dos combustíveis"

O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante coletiva de imprensa no Ministério da Economia, em Brasília.O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante coletiva de imprensa no Ministério da Economia, em Brasília. - Foto: Evaristo Sá - 22.out.2021/AFP

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que "de vez em quando" recebe pedidos para demitir o ministro da Economia, Paulo Guedes, e outros ministros, mas afirmou preferir conversar com eles, dentro de uma relação de "lealdade".

— De vez em quando alguns querem que eu troque ele, entre outros, para resolver certos assuntos. Eu prefiro conversar com eles. E dentro daquela lealdade mútua mudarmos alguma coisa — disse o presidente, em entrevista ao canal AgroMais.

Bolsonaro disse ainda que espera que Guedes resolva nos próximos dias "a questão dos combustíveis". Ele não entrou em detalhes de qual seria essa solução, mas o governo cogita um subsídio para reduzir o preço do óleo diesel.

— O Paulo Guedes, espero que nos próximos dias resolva a questão dos combustíveis no tocante a impostos pelo Brasil. Ele já se demonstrou favorável a isso, tem trabalhado no tocante a isso. Espero que nos próximos dias, até esta semana mesmo, tenhamos uma boa notícia sobre preços dos combustíveis no Brasil.

Pressionado pela ala política do governo, a equipe de Guedes reservou até R$ 25 bilhões para bancar um subsídio ao diesel. De acordo com fontes do governo, é possível usar esse dinheiro tendo como fonte os dividendos da Petrobras pagos à União. A petroleira deve pagar neste ano pelo menos R$ 24,6 bilhões em dividendos ao Tesouro Nacional.

Bolsonaro também declarou que espera que não haja novo aumento de combustível até que seja efetivada a troca de comando na Petrobras. O governo indicou Caio Paes de Andrade para o posto, mas o nome dele ainda precisa ser confirmado pelo Conselho de Administração da empresa.

— A Petrobras, estamos tentando mudar. Mudou o ministro de Minas e Energia e quer mudar agora também toda a Petrobras. Mas há uma dificuldade, reunião de conselho, uma burocracia enorme. Demora isso daí. Espero que até lá não haja um novo aumento de combustível.

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