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Política

Bolsonaro diz que interferências de outros poderes no Executivo foram 'as tristezas' de 2021

Presidente criticou decisões que, segundo ele, atrapalham o governo e destacou que André Mendonça e Kássio Nunes defendem suas pautas

BolsonaroBolsonaro - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

BRASÍLIA — Questionado sobre qual sua satisfação e insatisfação com o ano de 2021, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a tristeza deste ano foram a interferência no Poder Executivo. Sem citar diretamente pessoas, Bolsonaro fez referência a decisões do Poder Judiciário no seu governo.

Na política, o ano foi marcado pela crise política entre o presidente e o Supremo Tribunal Federal, principalmente com o ministro Alexandre de Moraes. Em atos convocados e promovidos pelo presidente no dia 7 de Setembro, Bolsonaro chegou a dizer que não obedeceria às decisões de Moraes. Os discursos de teor golpista do presidente foram criticados por praticamente todas as forças políticas, o que levou o presidente a publicar uma carta à Nação em que pedia desculpas e dizia que as declarações foram feitas no calor do momento.

"As tristezas são as intereferências indevidas. O tempo todo interferência indevida no Poder Executivo, afasta a presidente do Ibama, não deixa nomear não sei quem lá, tem que fazer isso, tem que fazer aquilo, não é atribuição dessas outras pessoas isso. Poderíamos estar melhor se não tivessem algumas pessoas nos atrapalhando", afirmou o presidente.

Nas últimas semanas, o governo foi obrigado a exigir a apresentação do comprovante de vacina de estrangeiros que chegam ao país por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo. O passsaporte da vacina é uma das medidas mais criticadas pelo presidente, que já chegou a chamar o documento de coleira.

Nesta quinta-feira, na sua tradicional transmissão nas redes sociais, Bolsonaro atacou também decisões como a do Tribunal Superior Eleitoral, que desmonetizou canais simpáticos ao presidente nas redes sociais em razão da promoção de desinformação.

Bolsonaro repetiu que o presidente que assumir em 2023 poderá indicar, no primeiro ano de mandato, mais dois ministros do Supremo. O presidente destacou que já indicou dois que, segundo ele, tem afinidade ocm algumas pautas defendidas pelo presidente.

"No ano que vem, quem você botar na presidência vai indicar dois ministros para o Supremo, como eu indiquei ministros que tem uma certa afinidade conosco. Defende as pautas de família, armas, liberdade religiosa. Eu duvido que eles vão agir diferente do que eu estou falando aqui e agora", afirmou.

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