Bolsonaro diz que PL não irá "condenar" senadores que tenham conversado com Flávio Dino
Declaração foi feita na véspera da sabatina do ministro da Justiça; ex-presidente, contudo, afirmou que partido fechou questão de ordem contra a indicação
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa terça-feira (12) que os senadores do Partido Liberal que tiverem conversado com o ministro da Justiça, Flávio Dino, sobre sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) não sofrerão punições internas. A declaração ocorreu durante um encontro do PL em Brasília, no qual o deputado federal Tenente-Coronel Zucco ingressou ao quadro.
"Ninguém vai condenar um colega nosso que, porventura, tenha conversado com ele (Flávio Dino). O voto é secreto e a gente sabe como vai ser o voto de muita gente" disse o ex-presidente. A fala foi inicialmente divulgada pela rádio Itatiaia.
Apesar da declaração, o ex-presidente afirmou que o partido fechou questão de ordem contra a indicação de Dino, o que significa que a orientação para os senadores é a de não apoiar o nome do ministro da Justiça, mas a votação desta quarta-feira é secreta. Usualmente, em votações nominais, descumprir a medida pode acarretar em punições, como foi aderido pela sigla no caso da Medida Provisória da reestruturação ministerial. Na ocasião, oito deputados foram retirados de comissões.
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A fala do ex-presidente ocorre após sete deputados do partido já terem sinalizado apoio ao ministro. Nesta segunda-feira, a bancada do Maranhão na Câmara dos Deputados e no Senado Federal emitiu um manifesto em apoio a Dino. O documento foi assinado por 21 parlamentares — entre eles, sete correligionários.
São eles Detinha, Henrique Júnior, Josimar Maranhãozinho, Júnior Lourenço, Luciano Galego,Pastor Gil e Paulo Marinho Júnior. Os parlamentares em questão não fazem parte do núcleo duro de apoio ao ex-mandatário e costumam votar com o governo em agendas econômicas.