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LICENCIADO

Bolsonaro diz que pretende "bancar" Eduardo dos EUA e que recebeu propostas de doação de dinheiro

Eduardo Bolsonaro afirmou que pretendia pedir asilo político ao governo americano

Bolsonaro foi presidente do Brasil, por um mandato, de 2019 a 2022Bolsonaro foi presidente do Brasil, por um mandato, de 2019 a 2022 - Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (18), que pretender custear a vida do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, depois dele ter se licenciado do mandato de deputado federal ao alegar perseguição do Poder Judiciário. 

O filho "Zero Três" de Bolsonaro está no país estrangeiro, onde decidiu ficar após o PT pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a apreensão de passaporte por supostamente atentar contra a "soberania nacional".

Bolsonaro negou que o PL pretenda bancar os salários do deputado, que deixará que receber seus vencimentos após confirmada a licença. Ele disse ter recebido contatos de apoiadores e amigos que estariam dispostos, inclusive, a fazer doações para mantê-lo no exterior.

— Eduardo resolveu pela permanência nos Estados Unidos. O pai dele, no caso eu, já ofereci tudo em relação à manutenção dele nos Estados Unidos. Muita gente já me ligou oferecendo ajuda e, se deus quiser, não faltará nada. Ele ficará fora pelo tempo que for necessário. É triste ver um filho de 43 deixar o país —  afirmou.

No ano passado, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro, apontou que uma conta bancária do ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões por meio de transações de Pix.

As operações foram realizadas entre 1 de janeiro a 4 de julho deste ano. O documento do Coaf diz que os valores são "atípicos" e se referem "provavelmente" à campanha de arrecadação feita por Bolsonaro para pagar as multas que recebeu durante o seu governo, como a de circular na rua sem máscaras durante a pandemia de Covid-19.

Eduardo fala em asilo
Eduardo afirmou à CNN que pretendia pedir asilo político ao governo americano. Em entrevista à Revista Oeste, Eduardo dirigiu críticas diretas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

— Não há a mínima possibilidade de eu voltar ao Brasil, não é um lugar seguro para fazer oposição, mesmo com o meu passaporte. Alexandre de Moraes é um psicopata — afirmou.

Mais cedo, durante evento no Congresso, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o governo americano não teria problemas em conceder asilo ao deputado.

— Se ele (Eduardo) pedir (o asilo), o Donald Trump dá na hora, eles têm diálogo frequente — afirmou o ex-mandatário.

No Senado, o ex-presidente mencionou o assunto e lembrou que ele próprio está com passaporte retido devido à investigação da tentativa de um golpe de Estado. Ele agradeceu a Trump por 'abraçar seu filho".

— Confiscaram meu passaporte, mas meu pensamento está com Donald Trump, que seguirá abraçando o meu filho. Coisa rara no Brasil, [no meu governo] tivemos um presidente alinhado com democracias no mundo todo, inclusive a americana. Mas todo sacrifício é válido quando queremos um país forte, independente e livre.

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