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Ditadura Militar

Bolsonaro exalta militares e diz que Brasil viveu regime um pouco diferente na ditadura

O chefe do executivo exaltou os cinco presidentes militares que o Brasil teve entre 1964 e 1985

Jair Bolsonaro em uma cerimônia militarJair Bolsonaro em uma cerimônia militar - Foto: Fernando Souza/AFP/Arquivo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) exaltou os cinco presidentes militares que o Brasil teve entre 1964 e 1985 e classificou a Ditadura Militar, período marcado por violações à democracia e aos direitos humanos, como um regime "um pouco diferente do que temos hoje".

As declarações foram dadas nesta quinta-feira (20) em uma cerimônia de entrega de títulos de posse a agricultores de Alcântara, no Maranhão, cidade que abriga o Centro de Lançamento de Alcântara, base de lançamento de foguetes da Força Aérea Brasileira.

Em seu discurso, o presidente destacou do Centro de Lançamento de Alcântara, inaugurado em 1983, como uma das grandes obras realizadas no país durante o regime militar.


 



"Isso aqui nasceu em 1983 e foi mais uma das grandes obras dos cinco presidentes militares que tivemos no brasil. Grandes obras ao longo de 21 anos onde vivia um regime de... um pouco diferente do que temos hoje, mas de muita responsabilidade com o futuro do país", disse.

Bolsonaro destacou a importância do acordo entre Brasil e Estados Unidos para o uso comercial da base de Alcântara, no Maranhão, promulgado em fevereiro de 2020, e disse que a parceria vai incrementar a economia da região.

"Isso aqui é comércio para bilhões e bilhões de dólares. E nós estamos entrando agora nesse seleto grupo que trata de lançamentos [de foguetes]. E tudo que fazemos no Brasil tem um passado, tem um meio e tem um fim".

Em seu discurso, o presidente citou o repasse de R$ 13 bilhões do governo federal para a população do Maranhão por meio do auxílio emergencial em 2020.

Reafirmou que o governo federal estuda prorrogar o auxílio por mais alguns meses. Contudo, voltou a destacar o caráter emergencial do benefício.

"O nome é emergencial. Não pode ser eterno porque representará um endividamento muito grande para nosso país. E ninguém quer o Brasil quebrado", afirmou.

Bolsonaro também citou repasses feitos pelo governo federal em 2020 ao Maranhão, de R$ 18 bilhões, valor que inclui as verbas constitucionalmente obrigatórias, ou seja, que o governo obrigatoriamente tem que repassar para o estado.

Ainda destacou que cerca de 1,3 bilhão foi para a saúde, sendo R$ 190 milhões destinados à abertura de leitos de UTI para o tratamento da Covid-19.

Ao contrário de eventos públicos anteriores, o presidente não criticou medidas restritivas de combate à disseminação da doença, não bateu de frente com governadores, nem criticou a vacina para a Covid-19.

O presidente também aproveitou a visita ao estado para citar o Guaraná Jesus como um dos atrativos turísticos do Maranhão. Em sua última visita ao estado, o presidente havia gerado polêmica ao fazer uma piada homofóbica associada ao refrigerante, que é cor de rosa.

Por fim, Bolsonaro destacou a importância da entrega dos títulos de propriedade para os agricultores de Alcântara e o criticou a ação de entidades de luta pela terra como o MST (Monimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

"Como combatemos a invasão de terra? Concedendo o título de propriedade aqueles que tem a posse [da terra]. Não adianta um plano de reforma agrária e não dar um papel no final", afirmou.

 

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