Bolsonaro ignora caso das joias em evento e especula nome para 2026: "Quem será? O tempo dirá"
Ex-presidente foi homenageado pela Assembleia Legislativa de Goiás com o título de cidadão goiano
Na primeira agenda pública desde a deflagração de operação da Polícia Federal envolvendo compra e venda de joias dadas ao governo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ignorou as investigações em solenidade na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) nessa sexta-feira (18). Na ocasião, ele defendeu que a direita deve lançar um nome competitivo em 2026 e especulou nome para a corrida à Presidência.
— Temos que trabalhar bem por ocasião das eleições do ano que vem para que, em 2026, possamos, sim, ter um candidato bastante competitivo. Quem será? O tempo dirá — afirmou Bolsonaro, que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Sobre o retorno ao Brasil, em março, o ex-presidente também afirmou que, apesar "dos riscos que corro em solo brasileiro, não podemos ceder porque temos que lutar por democracia e liberdade".
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Brincadeira com joias
O ex-titular do Palácio do Planalto chegou a Goiânia na manhã desta sexta-feira para receber uma homenagem na Alego, ganhando o título de cidadão goiano. Pouco antes, ele visitou uma joalheria no Setor Sul, onde recebeu um pingente e ironizou em relação ao caso das joias:
— A última vez que ganhei um presente do tipo deu maior problema — ironizou Bolsonaro, como mostrou o jornal O Popular, fazendo menção às investigações envolvendo desvios ilegais de joias recebidas por ele enquanto esteve na chefia do Executivo.
Na agenda do dia, Bolsonaro compareceu ao dentista e almoçou com aliados, na casa do senador Wilder Morais (PL-GO), no Setor Marista. Também participaram os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Major Vitor Hugo (PL-GO), que também participou da solenidade, recebendo o título de cidadão goiano.
Pela manhã, Bolsonaro passou ainda por Abadiânia, cidade a cerca de 90 quilômetros de Goiânia. Lá, ele deu entrevista ao jornal Estado de S. Paulo e comentou a possibilidade de confissão do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, preso há cerca de três meses. Nesta quinta-feira, a defesa do militar afirmou que Cid vendeu um relógio recebido como presente oficial a mando do ex-presidente.
— Ele (Cid) tinha autonomia. Não mandei ninguém fazer nada. (...) Eu quero clarear o mais rápido possível — disse Bolsonaro.