Bolsonaro já gastou mais com cartão corporativo do que Dilma e Temer entre 2015 e 2018
Em apenas três anos, despesas sigilosas do presidente chegam a aproximadamente R$ 30 milhões
Faltando um ano para o fim de sua gestão, o presidente Jair Bolsonaro já gastou R$ 29,6 milhões com cartões corporativos. O montante desembolsado até dezembro do ano passado, custeado pelo erário, é 18,8% maior do que os R$ 24,9 milhões consumidos ao longo dos quatro anos do mandato anterior, dividido por Dilma Rousseff (2015-2016) e Michel Temer (2016-2018). Só em 2021, as despesas chegaram a R$ 11,8 milhões, o maior valor dos últimos sete anos. Perde apenas para os R$ 13,3 milhões registrados em 2014, quando Dilma era presidente.
No mês passado, os cartões exclusivos da família presidencial foram usados em compras que somaram R$ 1,5 milhão, valor mais alto, para um único mês, dos três anos da atual administração. Bolsonaro passou os últimos dias de dezembro em férias no Sul do país.
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As cifras, corrigidas pela inflação, dizem respeito às faturas de 29 cartões vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República, que estão sob a responsabilidade do presidente, de seus familiares e auxiliares mais próximos. De acordo com o próprio Palácio do Planalto, dois deles ficam permanentemente sob poder de Bolsonaro. Os cartões são usados para despesas do cotidiano, como refeições do chefe do Executivo durante viagens. Todas, porém, são mantidas em sigilo, sob argumento de que a eventual divulgação colocaria o presidente em risco.