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APOIO

Bolsonaro justifica apoio a Alcolumbre para o Senado

Bolsonaristas também buscam vagas em comissões e na mesa diretora

Jair BolsonaroJair Bolsonaro - Foto: Richard Lourenço/Agência Câmara

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) justificou o apoio a Davi Alcolumbre (União-AP) para o Senado nesta sexta-feira (24).

Segundo ele, além de buscarem as vagas em comissões e na mesa diretora, os bolsonaristas poderiam se beneficiar para pautar votações estratégicas.

Ao canal da Revista Oeste nesta sexta-feira, Bolsonaro disse "não acreditar" em mudança de comportamento de Alcolumbre, que não pautou impeachments de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) quando ocupou a presidência da Casa, mas afirmou que o projeto que concede a anistia aos condenados pelos atos do dia 8 de janeiro pode ser pautado no caso de ausência dele.

— Acho que, uma vez eleito, o comportamento (de Alcolumbre) não vai mudar muita coisa. Mas, ele tá eleito. Nosso erro foi tentar eleger o Rogério Marinho em 2023. Só que, quando perdemos, ficamos sem mesa diretora e comissões. Se você quer convocar um ministro, não consegue. Estamos negociando uma primeira-vice-presidência. Aí, na ausência do Alcolumbre, consegue colocar em votação a Anistia. O que fazem com essas pessoas presas é tortura. No total, sem comissão e vagas na mesa, seremos zumbi, já que mais de cem cargos irão para outros partidos — disse.

Bolsonaro refutou a possibilidade de o candidato à presidência da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) ter garantido a deputados governistas que o projeto que pode anistiar os condenados pelo 8 de janeiro não será pautado.

— O acordo é o presidente da Câmara não engavetar o projeto da Anistia, cumprir o regimento. Ele sabe o que nós queremos. O pessoal da esquerda diz que há um compromisso dele em não pautar o tema, mas é assim que a esquerda age. Eles não querem a anistia para construir um discurso — afirmou.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também participava da transmissão, disse que Motta deve seguir o perfil de Arthur Lira (PP-AL).

— Lira não colocaria para a sucessão alguém diferente dele. Lira sempre deixou o plenário como dono da pauta, nunca segurou as coisas dessa forma — completou.

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