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interferência na PF

Bolsonaro nega interferência na PF após operação contra Ciro e Cid Gomes

Durante sua tradicional transmissão nas redes sociais, Bolsonaro aproveitou para ironizar os irmãos Gomes

Jair BolsonaroJair Bolsonaro - Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro negou nesta quinta-feira (16) qualquer interferência na operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do presidenciável Ciro Gomes e seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE). Durante sua tradicional transmissão nas redes sociais, Bolsonaro aproveitou para ironizar os irmãos Gomes.

A PF cumpriu nessa quarta-feira (15) mandados de busca e apreensão para apurar um suposto esquema de corrupção envolvendo as obras da Arena Castelão, que passou por uma reforma para a Copa de 2014. Ao autorizar as buscas, a 32ª Vara da Justiça Federal do Ceará também determinou a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico de Ciro e Cid Gomes.

"Para avisar aquela dupla do Ceará que vive metendo o dedo na cara de todo mundo, (falando) que todo mundo é ladrão. Tiveram uma visita no dia de ontem. Estão me acusando. Eu não tenho como interferir na PF, não existe isso aí. Essa operação começou em 2017, não foi comigo", afirmou.

Bolsonaro já foi acusado de interferir na Polícia Federal durante seu mandato. Após deixar o Ministério da Justiça, o juiz Sergio Moro justificou sua saída por causa da pressão de Bolsonaro para que ele trocasse a chefia da Polícia Federal. Em reunião ministerial que foi tornada pública, Bolsonaro reclamou aos ministros que não recebia informações da PF.

O presidente também já admitiu que, em conversa com o então ministro Sergio Moro, cobrou por que a Polícia Federal não investigava casos de uso de candidaturas laranjas em outros partidos. Na ocasião. o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, era investigado por denúncias de que teria desviado recursos por meio de candidaturas laranja.

Bolsonaro lembrou que ontem participou de uma formatura de novos policiais federais nesta quarta-feira. Segundo o presidente, esse seria um exemplo de que seu governo combate a corrupção.

"Dizer à dupla do Ceará que a partir do mês que vem tem mais 670 na rua, policiais federais.  Esse é o governo que vocês dizem que não combate à corrupção", afirmou.

Na mesma transmissão, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, admitiu pela primeira vez que considera a candidatura ao governo do estado de São Paulo. Conforme o GLOBO revelou, o presidente Jair Bolsonaro quer que o ministro seja seu candidato em São Paulo.

Nesta quinta-feira, o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, confirmou em suas redes sociais que o ministro deve ser o candidato do governo no estado em uma chapa que deve lançar o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, para o Senado. Na live, ao ser questionado sobre a possibilidade, Tarcísio admitiu a possibilidade.

"É um assunto que eu venho discutindo com o presidente Bolsonaro bastante, a gente vem conversando bastante sobre isos. Presidente, que além de presidente, meu chefe, hoje é um grande amigo e um mentor. Só que o foco hoje é absoluto nas entregas", afirmou Tarcísio.

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