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Justiça

Bolsonaro réu: Tarcísio, Ratinho e Caiado comentam, Zema silencia; confira reações

Jorginho Mello também saiu em defesa do ex-presidente; no Rio, Cláudio Castro não se manifestou

Da esq. para a dir., os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ratinho Júnior (Paraná) e Ronaldo Caiado (Goiás)Da esq. para a dir., os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ratinho Júnior (Paraná) e Ronaldo Caiado (Goiás) - Foto: Reprodução

Eleitos com um discurso alinhado ao de Jair Bolsonaro (PL), os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Ratinho Júnior (Paraná), Romeu Zema (Minas Gerais), Jorginho Mello (Santa Catarina), Ronaldo Caiado (Goiás) e Tarcísio de Freitas (São Paulo) adotaram posturas distintas após o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia contra o ex-presidente, tornando-o réu por uma suposta trama golpista.

Enquanto alguns se manifestaram publicamente contra a decisão da Corte, outros optaram por permanecer em silêncio.

Nas redes sociais, apenas Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Jorginho Mello (PL) comentaram o caso. No X (antigo Twitter), Tarcísio afirmou que o aliado é a maior liderança do país e disse "estar certo de que Bolsonaro conduzirá este processo com coragem".

Apesar de se dizer candidato à reeleição em São Paulo, o político é apontado como um dos possíveis herdeiros do espólio bolsonarista numa eventual disputa pela Presidência da República no ano que vem.

Na mesma linha, Jorginho fez uma defesa enfática do correligionário: "Não há nenhuma ação ou fala comprovando o contrário. Bolsonaro é o maior líder de oposição no Brasil e merece estar nas urnas em 2026. Deixa o povo decidir".

Outros nomes alçados a possíveis postulantes ao Palácio do Planalto, Ratinho Júnior (PSD) e Ronaldo Caiado (União) também se pronunciaram, mas de forma mais moderada.

Durante um evento do Lide em Pernambuco, o governador do Paraná criticou o fato de o julgamento de Bolsonaro ter ocorrido na 1ª Turma do STF, e não no plenário:

— Acho que, por se tratar de um ex-presidente, o julgamento não poderia ser feito por uma turma, mas pelo plenário.

Já o goiano Ronaldo Caiado evitou uma defesa explícita de Bolsonaro. Em entrevista ao portal Metrópoles, afirmou não considerar o ex-presidente "carta fora do baralho" e defendeu um julgamento com pleno direito à defesa:

— Que lhe seja garantido todo o trâmite legal, com direito à apresentação de testemunhas e ampla defesa.

Zema e Castro silenciam
Entre os cotados para concorrer pela direita no próximo ano, Romeu Zema (Novo) foi o único que optou pelo silêncio.

Os articuladores de sua gestão justificaram a ausência de posicionamento com a morte do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD). Embora não fossem próximos, Zema estaria enlutado.

O governador mineiro tem enfrentado atritos com o bolsonarismo.

O PL deixou sua base e tem acenado para o senador Cleitinho (Republicanos-MG) na sucessão estadual, enquanto o governador apoia seu vice, Mateus Simões (Novo).

Apesar disso, Zema recentemente buscou uma reaproximação ao criticar o julgamento de uma das rés pelos atos de 8 de janeiro, a cabelereira Débora Rodrigues.

Os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino votaram pela condenação a 14 anos de prisão, mas Luiz Fux pediu vista do processo.

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), também não se manifestou.

Apesar de não ter aspirações presidenciais, ele costuma evitar confrontos com o Judiciário, seguindo sua postura habitual de não criticar tribunais.

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