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Anulação

Bolsonaro revoga decreto que proibia membros da administração de Maduro de entrarem no Brasil

Com a revogação, é possível que o presidente da Venezuela venha para a posse de Lula, no dia 1º de janeiro

Foto: Yamill Lage / POOL / AFP

A revogação de um decreto, publicada na manhã desta sexta-feira (30) que impedia membros da administração de Nicola Maduro de entrarem no Brasil, feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) surpreendeu aliados e membros da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação é do UOL.

De acordo com o portal de notícias, no final da semana passada, Lula havia desistido de ter na posse dele a presença do presidente da Venezuela. É que uma portaria de 2019 emitida por Bolsonaro impedia que o governo de Caracas entrasse em território nacional.

Houve, por semanas, negociações entre a equipe de transição e o governo Bolsonaro para que a lei fosse revisada, mas o Palácio do Planalto não cedeu. Maduro, em conversas reservadas, indicou que entendia a situação. Só que Lula queria todos os líderes da América do Sul na posse dele, no dia 1º de janeiro, num gesto simbólico da retomada do processo de integração regional.

Numa portaria publicada no Diário Oficial e assinada pelos ministros Antonio Ramirez Lorenzo (Justiça) e Carlos França (Relações Exteriores), ficou revogada a portaria que impedia a entrada de autoridades venezuelanas, de 19 de agosto de 2019.
 



Se a portaria abre a possibilidade para uma delegação venezuelana, não está garantido que haja tempo suficiente para organizar uma viagem de Maduro. Um dos obstáculos seria a questão de segurança e a impossibilidade de que uma delegação avançada desembarque em Brasília para preparar a chegada do presidente da Venezuela.

Uma opção seria o envio de uma delegação chefiada pela vice-presidência. De acordo com apuração do UOL, Caracas começou já a preparar uma missão e, ainda hoje, deve determinar quem representará o governo bolivariano na posse.

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