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Ex-presidente do Brasil

Bolsonaro se emociona ao comentar ação da PF em sua casa e nega irregularidades: "Não existe fraude"

Ele disse que desconhece razão da operação

Bolsonaro se emocionou em entrevista Bolsonaro se emocionou em entrevista  - Foto: Reprodução Twitter

O ex-presidente Jair Bolsonaro se emocionou ao comentar a operação de busca e apreensão em sua casa nesta quarta-feira, com objetivo de apurar suposta falsificação de seu certificado de vacinação. O antigo chefe de Estado disse que "não existe" fraude de sua parte e negou que tenha apresentado cartão vacinal para entrar nos Estados Unidos e voltou a afirmar que nunca se inoculou contra o coronavírus.

Após narrar como foi a chegada da Polícia Federal em sua residência no Distrito Federal, a voz do ex-mandatário embargou ao comentar a vacinação da ex-primeira-dama, Michelle:

— Acharam o cartão de vacina da minha esposa, Michelle. Tiraram a fotografia do cartão de vacina dela, a suspeita era e fraude. Eu não tomei vacina lá, não tomei em lugar nenhum — disse Bolsonaro, com a voz embargada. — Ela tomou a Janssen, passou mal na volta para o Brasil. No ano passado ela voltou a ter uma crise, o médico disse que era por causa da vacina.

Em setembro de 2021, o governo informou oficialmente que ela teria se vacinado em uma viagem para Nova York, nos Estados Unidos, por sugestão de seu médico. Pelas regras do governo do Distrito Federal, onde mora, ela poderia ter se vacinado pelo SUS no Brasil. Em março, a filha mais velha da ex-primeira-dama, Letícia Firmo, foi às redes dizer que a mãe ficou alérgica a perfumes depois de contrair Covid-19 em 2020.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Bolsonaro afirmou conhecer apenas três dos presos, os seus ex-ajudantes Mauro Cid, Max Guilherme e Sergio Cordeiro. Ele também disse que "em nenhum momento" exigiram que mostrasse comprovantes de vacinação para entrar nos Estados Unidos, destacando o tratamento especial dispensado a autoridades:

— Tudo é acertado antecipadamente e as minhas idas ao EUA em nenhum momento foi exigido cartão vacinal. Não existe fraude da minha parte no tocante a isso — disse Bolsonaro.

Pelas regras americanas, há exceções de vacinação para chefes de Estado e suas famílias devido à imunidade diplomática. O ex-presidente, contudo, pode ter cometido um crime se apresentou o documento adulterado às autoridades americanas.

O antigo presidente voltou a afirmar que não houve fraude de sua parte ao comentar uma viagem que fez a um país europeu — "se eu não me engano, uma vez foi para a Itália". Ele afirmou ter perguntado para sua assessoria se o comprovante de inoculação seria necessário:

— Perguntei para a minha assessoria se era exigido a vacina, falaram que sim. Disse: "se for sim, eu não viajo"— afirmou. — Daí veio a resposta do país europeu, talvez a Itália, que eu estava dispensado da vacina. O tratamento dispensado a chefes de Estado é diferente.

O ex-presidente também afirmou não saber o motivo da operação que investiga em sua suposta falsificação no cartão de vacinação e reclamou que a sua arma de fogo foi apreendida.

— O meu celular está com a PF, o da Michelle foi visto lá e deixaram com ela. Houve a apreensão de uma pistola minha. Eu falei com a PF que não posso ficar dentro da minha casa desarmado, não é seguro.

Crime: Entrar nos EUA com dados falsos em cartão de vacina pode dar 10 anos de prisão em solo americano

Sobre a vacinação de sua filha caçula, Laura, de 12 anos, Bolsonaro disse que encontrou em contato com alguém na Anvisa cuja identidade não lembra para indagar sobre os efeitos colaterais. Decidiu então não vaciná-la:

— Minha filha tem atualmente um atestado médico dizendo que ela está dispensada de tomar vacina.

Bolsonaro começou sua participação no programa narrando a operação da PF em sua casa, afirmando que "na situação atual do Brasil, a pessoa tem que ser muito desinformada para se surpreender com alguma coisa". Segundo ele, a campainha tocou por volta das 6h15 da manhã, quando já estava acordado.

O antigo chefe de Estado disse que ao ver que se tratava mesmo de agentes de segurança, abriu a porta. O ex-presidente disse que foi "tratado muito bem, em nenhum momento houve exagero" e que crer ter "sentido constrangimento em alguns policiais federais".

— Eles fizeram uma varredura na casa buscando documentos, mídias sociais. pegaram meu telefone, perguntaram a senha. eu falei: "meu telefone não tem senha, nunca tive senha no meu telefone" — afirmou ele. — O motivo principal da busca e apreensão foi fraude na carteira de vacina. Até respondi pra eles, não precisava, disse que nunca havia tomado a vacina.

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