A filiação do presidente Jair Bolsonaro no PL, que ocorreu na manhã desta terça-feira, foi prestigiada por quinze ministros do governo federal, membros do segundo escalão, parlamentares aliados e dois governadores. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também compareceu ao evento.

O acesso ao evento foi limitado a autoridades e presidentes estaduais do partido. Profissionais da imprensa e assessores não puderam entrar no auditório e acompanharam a cerimônia por meio de um telão.

Uma das autoridades mais celebradas na chegada foi o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que tem sido estimulado por Bolsonaro a se filiar ao PL para concorrer ao governo de São Paulo. Aos gritos de "futuro governador de São Paulo", Tarcísio não confirmou a candidatura e limitou-se a dizer que não filiaria na sigla de Valdemar Costa Neto hoje.

Enquanto isso, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, filiou-se ao partido na mesma cerimônia. Já o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, disse que só não formaliza a entrada na sigla nesta terça por causa da lei eleitoral. Deputado federal licenciado, ele pretende disputar o governo do Rio Grande do Sul.

Também estavam presentes os ministros Flávia Arruda (Secretaria de Governo, única que já é filiada ao PL), Ciro Nogueira (Casa Civil), Marcelo Queiroga (Saúde), João Roma (Cidadania), Paulo Guedes (Economia), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Fabio Faria (Comunicações), Milton Ribeiro (Educação), Tereza Cristina (Agricultura), Anderson Torres (Justiça) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral).

Membros do segundo escalão também estão presentes, como a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde,  Mayra Pinheiro, conhecida como "capitã Cloroquina"; o secretário da Pesca, Jorge Seif; e o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. Questionada sobre tentar um posto como deputada federal, Mayra disse que só decidirá seu futuro político após uma conversa com Bolsonaro.

— Se o presidente determinar que eu siga no ministério, seguirei. A pretensão política vem depois. Em breve vou conversar com o presidente — disse Mayra.

Já Sérgio Camargo disse que não tem pretensão de se filiar, nem ouviu um pedido do presidente para isso. Jorge Seif, por sua vez, já é filiado ao PL, e pode se candidatar a senador ou deputado.

Os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e de Roraima, Antonio Denarium, também compareceram ao evento. Castro é filiado ao PL. Eleito junto com Bolsonaro pelo PSL, Denarium deixou o partido junto com o presidente, em 2019, e também está sem legenda. Ele disse que definirá seu futuro político junto com Bolsonaro.

O senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso Nacional, diz que a filiação faz com que Bolsonaro chegue mais forte ao ano eleitoral.

— Ele agora passa a ter uma agenda de candidato a reeleição.

Já o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que o evento marcou o início da campanha à reeleição de Bolsonaro.

— Nós vamos iniciar a campanha. O presidente escolheu o Partido Liberal, nós temos o tripé de apoio, Republicanos, Progressistas e liberais, além de outros partidos que deverão estar com o presidente Bolsonaro. A partir de hoje, começamos as costuras das alianças regionais. Vai ser um esforço de conciliação para fortalecer os palanques regionais, para que o presidente Bolsonaro possa ter uma reeleição tranquila

Alguns dos principais deputados aliados de Bolsonaro na Câmara estão presentes, como Bia Kicis (PSL-DF), Vitor Hugo (PSL-GO), Nelson Barbudo (PSL-MT) e Bibo Nunes (PSL-RS).

Também compareceram aliados nos estados, como os deputados estaduais Bruno Engler (MG), Frederico D'Ávila (SP) e André Fernandes (CE).

Do lado de fora do hotel onde ocorre a filiação em Brasília, um trio elétrico foi instalado para apoiadores acompanherem a transmissão. No entanto, durante a manhã, a praça estava esvaziada.

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